Três mulheres em Pequim são presas por denunciarem perseguição ao Falun Gong

Muitos praticantes distribuem panfletos para informar a ilegalidade da perseguição, e em consequência disso são presos

31/05/2019 19:16 Atualizado: 31/05/2019 19:16

Por Minghui.org

Três mulheres foram condenadas em Pequim pelo regime comunista chinês, que vem usando meios ilícitos para aplicar as leis, incriminar e prender praticantes do Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, uma prática voltada para o melhoramento da mente e do corpo baseada nos princípios de Verdade, Compaixão e Tolerância.

Em 12 de maio de 2017, Shan, de 27 anos, professora de piano, Jian Liyu, de 26 anos, e Tian Feng, de 20 anos, foram acusadas por distribuírem panfletos sobre a perseguição ao Falun Gong. A polícia invadiu e vasculhou suas casas e confiscou uma grande quantidade de materiais informativos sobre a prática.

Desde 1999, quando a perseguição ao Falun Gong começou, todos os meios de comunicação usados para protestar contra a perseguição foram bloqueados. E assim muitos praticantes distribuem panfletos para informar a ilegalidade da perseguição, e em consequência disso são presos.

Em 3 de janeiro de 2018, no distrito de Shijingshan, as três mulheres foram julgadas pelo tribunal e sentenciadas em julho pelo juiz Mou Fangfei; Shan e Jiang foram condenadas a quatro anos, e  Tian a três anos e meio; e todas ainda foram obrigadas a pagar 5.000 yuanes cada uma. Elas tentaram reverter o veredito, mas sem nenhum resultado favorável.

Detenção e julgamento

Os oficiais Liu Yang, Yang Haifei e Liu Wensong, do distrito de Shijingshan, e o oficial Cui, da Estação de Polícia de Guangninglu, foram responsáveis pelas as prisões das praticantes.

A polícia confiscou seis CDs com software para quebrar o firewall da internet, nove bilhetes com mensagens do Falun Gong na bolsa de Jiang.  Tian tinha: um livro, seis panfletos do Falun Gong, cinco telefones celulares, 28 textos do Falun Gong, um laptop, 54 panfletos escritos a mão com mensagens do Falun Gong, e cinco bilhetes da província de Guizhou ilustrando a “pedra dos caracteres escondidos” (a pedra é gravada com os caracteres chineses, que dizem que o PCC está condenado à destruição).

Os seguintes itens foram confiscados do apartamento compartilhado por Jiang e Shan: 1.617 panfletos com mensagens do Falun Gong escritos à mão, 46 bandeiras, 119 folhetos, 82 livros do Falun Gong, 191 CDs, dois rádios, um telefone a pilha, 36 artigos, equipamento de áudio, USBs de transferência de dados e outros 58 artigos, incluindo calendários, cortadores de papel, flores de lótus, cartões de felicitações e adesivos.

Yuan tinha mais de 7.000 yuanes em dinheiro, que seu chefe havia atribuído a ela para pagar seus colegas de trabalho; a polícia confiscou o dinheiro, e agora ela não pode pagar seus colegas.

Shan, professora de piano (Minghui.org)
Shan, professora de piano (Minghui.org)

Durante a audiência, o advogado de Jiang, Liang Xiaojun, defendeu com argumentos que não há nenhuma lei na China que proíbe praticar o Falun Gong e que os artigos confiscados eram todos de posse legítima de sua cliente.

O procurador alegou que estes artigos continham mensagens do Falun Gong e desrespeitam a ordem pública, no entanto, não especificou qual lei diz que os cidadãos não podem produzir ou distribuir materiais informativos sobre o Falun Gong.

Jiang, recepcionista de uma instituição educacional em Pequim, testemunhou em sua própria defesa, ela compartilhou que sua família tem sido perseguida por permanecer fiel à sua crença ao Falun Gong; sua mãe, Qiao Liangyu, e seu pai, Jiang Qixiang (médico do hospital Zhongxin na cidade de Baoxia e na cidade de Shiyan, província de Hubei) foram detidos várias vezes e permaneceram na prisão por três anos, durante os quais foram espancados, o que causou-lhes fratura em uma das pernas e dentes quebrados.

A irmã mais velha de. Jiang, Liangjiao, mudou-se para outro país para evitar ser presa. Seus pais foram monitorados 24 horas por dia e foram impedidos de deixarem sua cidade natal na província de Hubei. A irmã mais nova exige a libertação da irmã mais velha.

Jiang Liyu (em pé) e sua irmã mais nova a Sra. Jiang Lianjiao (Minghui.org)
Jiang Liyu (em pé) e sua irmã mais nova a Sra. Jiang Lianjiao (Minghui.org)