Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O Vice-Ministro de Relações Exteriores de Taiwan, Tien Chung-kwang, participará do próximo Fórum das Ilhas do Pacífico (PIF) em Tonga, informou o ministério neste domingo, após o anúncio do Departamento de Estado dos EUA de que o Secretário Adjunto de Estado, Kurt Campbell, também participará do fórum para promover os objetivos de parceria estratégica entre os EUA e o Pacífico.
O PIF é composto por 18 nações membros: Austrália, Ilhas Cook, Estados Federados da Micronésia, Fiji, Polinésia Francesa, Kiribati, Nauru, Nova Caledônia, Nova Zelândia, Niue, Palau, Papua-Nova Guiné, República das Ilhas Marshall, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga, Tuvalu e Vanuatu. A próxima reunião está agendada para ocorrer de 26 a 30 de agosto.
Nesta região do Pacífico, o Partido Comunista Chinês (PCCh) tem avançado suas conexões econômicas, enquanto em outras áreas tem aumentado sua presença militar e agressão, o que levou os Estados Unidos a priorizarem a manutenção da paz. Essas nações insulares do Pacífico poderiam oferecer uma vantagem estratégica tanto para a China quanto para os Estados Unidos, já que formam uma cadeia que historicamente abrigou bases militares para as nações ocidentais e poderia ajudar ou retardar o alcance dos EUA a países como Taiwan e Filipinas, onde o exército chinês tem avançado.
As nações estão divididas em relação a Taiwan, com algumas mantendo relações diplomáticas formais, enquanto outras cedem às exigências do PCCh para que não reconheçam Taiwan.
Tien afirmou que realizará uma cúpula com os aliados Palau, Tuvalu e as Ilhas Marshall e outros “países com ideias semelhantes” no fórum.
O presidente de Palau, Surangel Whipps Jr., disse recentemente à Associated Press que o PCCh tem feito esforços para cortar o turismo para a nação insular após ele se recusar a cortar os laços com Taiwan. Palau tem resistido aos interesses do PCCh ao longo dos anos, com Whipps dizendo que essas pequenas nações insulares “querem viver em um Indo-Pacífico livre e aberto, onde há respeito pelo Estado de Direito”, após instar seus vizinhos a rejeitarem um abrangente acordo de segurança e econômico proposto pelo PCCh em 2022.
Nem todas as nações insulares do Pacífico adotaram essa posição.
No início deste ano, Nauru anunciou que estava cortando os laços com Taiwan e reconectando-se com a China como parte de sua estratégia de desenvolvimento. Tonga, país anfitrião do fórum deste ano, está fortemente endividado com a China, e Vanuatu, neste ano, se juntou à Iniciativa Cinturão e Rota do PCCh. As Ilhas Salomão aceitaram milhões em ajuda do PCCh, com o novo primeiro-ministro, Jeremiah Manele, se recusando a informar ao Parlamento da nação se o dinheiro era um presente ou empréstimo. O primeiro-ministro anterior tinha uma postura pró-Pequim, e em 2019 encerrou o reconhecimento de Taiwan.
No ano passado, líderes das Ilhas Salomão, Vanuatu e Papua-Nova Guiné não compareceram ao PIF em meio a discussões sobre o aperto do controle do PCCh na área. Enquanto isso, vários líderes das ilhas do Pacífico viajaram para a China neste ano para se encontrar com altos funcionários do PCCh, incluindo os de Vanuatu e dos Estados Federados da Micronésia, cujo ex-líder revelou que oficiais do PCCh tentaram comprar seu apoio.
Além dos Estados Unidos, a Austrália tem assumido o papel de avançar os interesses ocidentais na área e combater a espionagem e os ataques chineses. No ano passado, a Austrália assinou um acordo de segurança com Papua-Nova Guiné para conter as ofertas do PCCh após a nação insular se reunir com líderes do PCCh e prometeu ajudar as Ilhas Salomão a desenvolver sua força de segurança.
A Reuters contribuiu para este relatório.