Taiwan denuncia mais de 2 milhões de atos de “desinformação” da China em 2024

Por Agência de Notícias
04/01/2025 15:08 Atualizado: 04/01/2025 15:08

A China realizou mais de 2 milhões de atos de “desinformação” contra Taiwan em 2024, como parte de “estratégias híbridas” realizadas pelo Partido Comunista (PCCh) para “minar a confiança pública no governo” e “exacerbar as divisões sociais” na ilha, disseram fontes oficiais taiwanesas.

Em um relatório recente, o National Security Bureau (NSB) de Taiwan disse ter detectado um total de 2,16 milhões de peças de desinformação da China no ano passado, superando os 1,33 milhão registrados em 2023.

O principal meio usado pela China foi o Facebook, onde o NSB coletou mais de 900.000 peças de desinformação em 2024, 40% a mais do que no ano anterior, enquanto a disseminação desse conteúdo em plataformas de vídeo, fóruns e na rede social X aumentou 151%, 664% e 244%, respectivamente, indicando que os usuários mais jovens eram “os principais alvos” dessas campanhas.

De acordo com o documento, o PCCh usou “inúmeras contas falsas” para publicar comentários, disseminar vídeos manipulados e distribuir memes nas mídias sociais, e também invadiu contas de cidadãos taiwaneses para “espalhar desinformação”.

“Além disso, o PCCh aproveita a inteligência artificial para produzir desinformação, como o uso da tecnologia deepfake para se passar por figuras políticas em vídeos falsos, tentando enganar e manipular a opinião pública”, disse o relatório.

De acordo com o NSB, a China usou esses métodos para divulgar “informações falsas” na eleição presidencial taiwanesa do ano passado, “exagerar” as capacidades militares chinesas e lançar dúvidas sobre a disposição de países como os Estados Unidos e o Japão de ajudar Taiwan em caso de conflito.

Nos últimos anos, o governo de Taiwan denunciou um aumento nas táticas de “zona cinza” da China, incluindo o envio de balões de ar quente além da linha média do Estreito, a proliferação de notícias falsas e a invasão de informações confidenciais.