Joshua Philip, Epoch Times
NOVA IORQUE – Imigrantes chineses nos Estados Unidos não podem viver vidas pacíficas.
Os agentes do Partido Comunista Chinês (PCC) mantêm um olhar atento sobre os bairros étnicos e assediam e pressionam ativamente qualquer um que ouse sair da linha da política do PCC – mesmo em solo americano.
Essas operações são realizadas em grande escala por agentes do PCC que vivem no exterior, sob o Departamento de Frente Unida do regime. A agência trabalha através de consulados chineses, que, por sua vez, recrutam e operam através de organizações locais e fraternas no exterior, conhecidas como Tongs, que muitas vezes têm milhares ou dezenas de milhares de membros.
Na cidade de Nova Iorque, as operações da Frente Unida do PCC estão em plena exibição em Flushing, um bairro chinês no Queens. Lá, agentes chineses e indivíduos com laços expostos ao Partido Comunista Chinês participam de uma campanha de violência, intimidação e assédio desde 2008 – principalmente direcionados a pessoas que praticam a milenar prática de meditação chinesa, perseguida na China, do Falun Gong.
Durante o desfile anual do Ano Novo Lunar em Flushing, em 9 de fevereiro, mais de 100 grandes bandeiras vermelhas do PCC foram vistas ao longo da rua principal da rota do desfile. Os indivíduos que seguravam as bandeiras estavam uniformemente espaçados, com cerca de um metro e oitenta de distância.
Os protestos foram encenados, e vários dos participantes disseram, em imagens de vídeo disfarçadas tomadas pelo Epoch Times e pela NTD Television, que haviam recebido dinheiro dos agitadores do PCC. Também havia imagens mostrando como a cena foi orquestrada por grupos ligados ao PCC, com indivíduos aparentemente atuando como coordenadores, entregando as bandeiras.
Entre os grupos por trás da distribuição das bandeiras estava a infame Aliança Mundial Anti-Culto da China (CACWA), que tem laços com o PCC e acusações de sérios abusos dos direitos humanos na China. O CACWA foi proibido de participar do desfile do Ano Novo Lunar Flushing por violar as regras do desfile no passado sobre a exibição de bandeiras do PCC. A organização também colocou faixas com discursos de ódio contra o Falun Gong.
Uma perseguição global
O Falun Gong é uma prática de meditação que se originou na China e é baseada nos princípios da verdade, compaixão e tolerância. Praticantes muitas vezes meditam de manhã e se esforçam para refinar seu caráter em suas vidas diárias. A prática foi proibida na China em 1999, depois do PCC descobrir que havia cerca de 100 milhões de praticantes na China e de que a popularidade da prática crescia ininterruptamente não só na China, como em todo mundo, uma perseguição sem precedentes foi iniciada.
Seguiu-se uma brutal perseguição, que incluía tortura, prisão ilegal, reeducação por meio de trabalho forçado, assassinatos e extração de órgãos de pessoas vivas. Para encobrir e justificar a perseguição na mente do povo chinês e do mundo, o PCC usou um programa de censura, desinformação e ameaças de violência em larga escala no exterior.
Entre as muitas organizações que o PCC usou na perseguição está a Associação Anti-Culto da China, que trabalha com a força extrajudicial do PCC para perseguir o Falun Gong, o Escritório 610. O Escritório 610 foi criado para monitorar, prender, torturar e “transformar” pessoas na China que praticavam o Falun Gong, forçando-as a renunciar a suas crenças.
Na China, a Associação Anti-Culto da China trabalha com o Escritório 610, aconselhando-o sobre os métodos de perseguir os praticantes do Falun Gong e contra o povo chinês. O CACWA em Flushing compartilha o nome da organização, usa os mesmos materiais e realiza operações semelhantes.
A organização em Flushing também tem laços diretos com um dos principais braços do PCC para a subversão: o Departamento da Frente Unida.
Estrangeiros silenciando imigrantes
Entre os antigos agitadores ativos durante o recente incidente em Flushing estava Li Huahong, chefe do CACWA, que instruiu os porta-bandeiras a abrir suas bandeiras e ordenou que ficassem em áreas designadas.
As entrevistas mostraram que muitos dos que participaram não faziam parte oficialmente do CACWA, mas participaram simplesmente pelo dinheiro. Imagens de vídeo disfarçadas mostram um manifestante chinês que pagou US$ 20. Outro homem afro-americano disse a um repórter que ele recebeu US$ 20 para carregar uma bandeira. Um aparente organizador também foi visto dizendo aos participantes para manter seu dinheiro seguro, acrescentando que os pagamentos foram de US$ 30 cada.
Um homem de meia-idade instruiu os participantes a mentirem sobre o dinheiro que receberam, dizendo: “Se as pessoas perguntarem se você recebe dinheiro [por manter as bandeiras], diga-lhes que não há dinheiro”.
Os principais organizadores do CACWA foram expostos pelo The Epoch Times em reportagens anteriores, eles possuam ligações diretas com as agências de espionagem do PCC para as operações da United Front.
Os grupos do PCC tem sido especialmente descarado em suas atividades em Flushing, Nova Iorque, onde, em 2008, eles se reuniram em grandes grupos em plena luz do dia e agrediram fisicamente os moradores locais que praticavam o Falun Gong.
As reportagens do Epoch Times revelaram envolvimento na época pelo então consulado geral chinês Peng Keyu, por numerosos Tongs, incluindo a Associação Americana de Fukien, que tem laços estreitos com o PCC e com o crime organizado através da gangue Fuk Ching e por indivíduos diretamente filiados ao Departamento da Frente Unida.
Fontes de alto nível dentro da China disseram ao Epoch Times, em 2008, que a comunidade chinesa em Nova Iorque foi usada como campo de testes pelo PCC através de táticas para estender sua perseguição contra o Falun Gong no exterior. Os ataques em Nova Iorque foram seguidos por ataques organizados semelhantes contra praticantes do Falun Gong em São Francisco, Paris, Hong Kong e outros lugares.
A integrante do Epoch Times Cathy He e a NTD Television contribuíram para esta reportagem.