Por Michael Washburn
O senador Rick Scott (republicano da Flórida) no dia 17 de março enviou uma carta aberta aos líderes empresariais elogiando-os por cessar suas operações na Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, e instando-os a replicar essa estratégia no contexto da China antes da planejada invasão de Taiwan por esta última potência.
Com as enormes sanções impostas à Rússia, as empresas agora ganharam uma perspectiva de como a dissociação e a mudança de operações funcionam na prática, disse Scott, e podem aplicar as lições aprendidas para combater a ameaça representada pelas ambições territoriais de Pequim.
“Aplaudo as muitas empresas, grandes e pequenas, que fizeram a escolha certa e interromperam todas as operações na Rússia”, afirmou a carta.
“Agora, devemos aproveitar as lições aprendidas no redirecionamento das cadeias de suprimentos e receitas nas últimas semanas e nos concentrar em garantir que essas mesmas medidas possam ser tomadas com mais facilidade e com menos interrupções para as famílias americanas em resposta à planejada invasão de Taiwan pela China comunista.”
A carta aberta vem na esteira de outras declarações ousadas que Scott fez nas últimas semanas sobre questões da China, como sua sugestão no mês passado de que ninguém deveria comprar outro produto fabricado na China comunista em resposta às amplas violações de direitos humanos de Pequim. Ele também disse que a China e a América estão em “uma nova Guerra Fria” instigada pelo regime comunista.
Em sua carta aberta, Scott fez referência a uma declaração no início deste mês do ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, sobre uma possível invasão chinesa de Taiwan, na qual Chui disse: “Se houver uma guerra, para ser franco, todos ficarão miseráveis. Mesmo os vencedores”.
Os americanos não podem ignorar as preocupações do ministro de Taiwan, disse o senador.
“Uma invasão seria brutal. Não é irracional esperar que as forças da China comunista sigam a mesma cartilha de Putin e cometam crimes de guerra horríveis, assassinem civis e usem o poder impiedoso para assumir o controle de Taiwan”, afirmou a carta.
Diante disso, é insuficiente para as empresas simplesmente “mudar algumas operações”. A carta aberta pedia nada menos que uma dissociação total da China. Tal movimento seria ainda mais urgente se, como alguns temem, Pequim for em auxílio da Rússia na Ucrânia.
Mesmo sem o perigo para Taiwan, Scott disse que já há muitas razões para não interagir com o regime comunista em Pequim. A carta identificava a repressão do regime às minorias étnicas muçulmanas na região de Xinjiang e o trabalho forçado e a esterilização dos uigures como motivos para as empresas dissociarem seus produtos e serviços da China. A campanha de Pequim em Xinjiang foi rotulada pelo governo dos EUA e outros órgãos como um genocídio.
“Nenhuma organização respeitável nos Estados Unidos deveria fazer negócios com um regime assassino. Cada dólar gasto na China comunista apoia sua economia e o governo genocida de Xi”, afirmou a carta.
“É hora de colocar os direitos humanos e a democracia acima dos lucros. É hora de trazer os negócios americanos de volta para casa, criar mais empregos americanos e acabar com nossa dependência da China comunista”.
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