Rabinos citam transplantes ilegais em carta contra cooperação de saúde com China

15/06/2016 15:20 Atualizado: 15/06/2016 15:22

Haaretz, um dos três principais jornais de Israel, publicou um artigo – em hebraico em 5 de maio de 2016 e em inglês em 6 de maio – intitulado: “Citando violações dos direitos humanos. Rabinos israelenses protestam contra acordo de cooperação de saúde com a China”. O artigo foi publicado após 16 rabinos assinarem uma carta ao ministro da saúde israelense, Yaakov Litzman, que firmou o acordo recentemente com o Ministério da Saúde da China.

A carta foi enviada na véspera do Dia da Lembrança do Holocausto, salientando a responsabilidade moral do povo judeu para com os outros que sofrem perseguição. Alguns dos 16 rabinos que assinaram a carta são figuras proeminentes na comunidade judaica de Israel.

O artigo diz: “Os rabinos estão convidando Litzman para desfazer o acordo [com a China] devido a uma longa lista de violações dos direitos humanos pelo governo chinês, em particular a extração forçada de órgãos humanos para transplante”.

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Os rabinos também citam na carta: “Nos campos de trabalho na China, eles extraem, aplicando apenas anestesia parcial, os órgãos de pessoas vivas para venda na indústria de transplante de órgãos. E, então, eles descartam os corpos dessas pessoas, que ainda não morreram, para serem cremados”.

“A extração forçada de órgãos para o tráfico de órgãos para transplante é feito na China pelas próprias autoridades. Como judeus que bem se lembram da perseguição que nosso povo suportou e da crueldade dos nossos inimigos ao longo das gerações, é nosso dever alertar para os falsos acordos com os regimes do mal, acordos que poderiam fortalecê-los e apoiar suas ações.”

A questão também foi coberta pelo Arutz 7, site de notícias que é muito popular nos círculos religiosos, pela estação de rádio “Galei Israel” e pelo site de notícias religiosas “Srugim”.