David Matas, advogado canadense indicado ao Prêmio Nobel, que está investigando a extração forçada de órgãos nas prisões chinesas, visitou a Eslováquia de 4 a 6 de setembro. Em muitas entrevistas com a mídia, ele falou sobre a “exibição de corpos” que está sendo apresentada na Bratislava desde agosto.
Matas declarou repetidamente que o problema com tais exposições é que a procedência dos corpos é obscura. O mesmo acontece com os órgãos disponíveis para transplante na China.
Ele está investigando os transplantes de órgãos na China já por um longo tempo e, de acordo com suas descobertas, a maioria dos órgãos para transplante vem principalmente de prisioneiros de consciência, em específico de praticantes do Falun Dafa – também conhecido como Falun Gong -, mas também dos uigures, tibetanos e cristãos. A exposição dos corpos faz parte do mesmo problema que a extração forçada de órgãos dos prisioneiros, embora em uma escala muito menor.
Na terça-feira, a Universidade de Saúde e Ciências Sociais St. Elizabeth em Bratislava organizou uma apresentação a cargo do Sr. Matas sobre a conexão entre “exposições de corpos” e o abuso de transplantes na China. Em seguida, um debate foi realizado.
Muitos dentre os 30 que participaram do evento, incluindo representantes do Conselho Médico Eslovaco, ficaram incomodados ao ouvir as informações apresentadas por Matas e manifestaram disposição de ajudar.
No mês passado, o relatório de Matas foi apresentado ao Conselho Nacional da República Eslovaca. Participaram da apresentação dez dos membros do Conselho Nacional, incluindo Juraj Droba, Peter Osusky, Erika Jurinova, Jana Ciganikova, Milan Laurencik, Anna Veresova, Ondrej Dostal, Marek Krajci, Eduard Heger e Alan Suchanek.
Os conselheiros estavam interessados em saber através de Matas se os corpos da exposição poderiam ser de prisioneiros de consciência da China. Dadas as suas experiências em outros países, eles lhe perguntaram como efetivamente evitar tais exposições.
David Matas disse: “Façam algo. Fazer algo é melhor do que não fazer nada”. Segundo ele, o mais eficaz é concentrar-se na existência de um consentimento verificável do falecido. Ele mencionou a República Checa, que recentemente aprovou uma legislação que exige o consentimento verificável do falecido, dado enquanto vivo, antes de uma exposição poder ser realizada.
Em resposta às informações publicadas durante a visita de Matas a Bratislava, uma manifestação foi realizada na quinta-feira (14/09), em frente à embaixada chinesa em Bratislava.
O objetivo era chamar a atenção para o fato de que praticantes do Falun Gong na China são mortos para extração de seus órgãos, bem como para a plastinação de seus corpos para tais exposições corporais.
Ondrej Dostal, membro do Conselho Nacional da República Eslovaca, participou da manifestação para demonstrar seu apoio aos esforços dos praticantes em expor os fatos sobre a exposição de cadáveres e a remoção forçada de órgãos de praticantes do Falun Gong na China. Fonte: pt.minghui.org
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