Por Agência EFE
As autoridades de saúde brasileiras anunciaram na sexta-feira o primeiro paciente de coronavírus curado do país, onde existem quase cem casos confirmados e outros 1.500 estão sob investigação, sem mortes registradas.
Isso foi confirmado pelo coordenador do Centro de Contingência para Coronavírus do Estado de São Paulo, David Uip, em entrevista coletiva na qual o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, também participou, entre outras autoridades.
“Estamos aqui com a presença do superintendente do Hospital Albert Einstein e ele me autorizou a divulgar a cura para os primeiros brasileiros hospitalizados com coronavírus”, disse Uip.
No entanto, não detalhou se o paciente que recebeu alta é o primeiro caso confirmado no Brasil, que também foi o primeiro registrado na América Latina.
Esse primeiro caso, anunciado em 26 de fevereiro, foi detectado em um brasileiro de 61 anos que havia viajado recentemente para a região da Lombardia, no norte da Itália, o país mais afetado da Europa, onde o epicentro da pandemia da coronavírus, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A partir daí, os casos de infecções por COVID-19 se multiplicaram no Brasil para quase cem registrados em 13 dos 27 estados federais do país e dos quais apenas doze são hospitalizados.
A região mais atingida é São Paulo, o estado mais populoso e rico do Brasil, onde há 56 casos confirmados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de coronavírus como uma “pandemia” na última quarta-feira.
O Ministério da Saúde brasileiro recomendou que os passageiros estrangeiros chegassem ao país por outros meios para permanecerem isolados em suas casas por uma semana, mesmo que não apresentassem sintomas do COVID-19.
Ele também aconselhou o cancelamento de cruzeiros turísticos, bem como grandes eventos públicos, como esportes, musicais ou demonstrações, que concentram um grande número de pessoas.
O prefeito de São Paulo, a maior cidade do Brasil, adotou essa recomendação e nesta sexta-feira decidiu cancelar todos os eventos de massa indefinidamente.
Por outro lado, os jogos de futebol programados para os próximos dias na maioria dos estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, estarão em estádios com portas fechadas, com medo da disseminação do coronavírus.