PCCh sinaliza que não deixará de ajudar a Rússia na guerra depois das novas sanções americanas contra o regime

O Partido Comunista Chinês (PCCh) apoiou a Rússia na guerra desde o início.

Por Catherine Yang
26/08/2024 19:38 Atualizado: 26/08/2024 19:38
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Um porta-voz do Ministério do Comércio chinês afirmou em 25 de agosto que o regime comunista iria “tomar as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, depois de os Estados Unidos terem sancionado empresas chinesas que estavam ajudando os militares russos nos seus esforços de guerra contra a Ucrânia, de acordo com a mídia do estatal Xinhua.

O Departamento do Tesouro dos EUA e o Departamento de Estado anunciaram em 23 de agosto que tinham como alvo quase 400 entidades e indivíduos que ajudam o esforço de guerra da Rússia. Descobriu-se que várias das empresas chinesas sancionadas vendiam peças de máquinas e equipamentos tecnológicos, como chips utilizados em equipamento militar, a entidades russas que já estavam na lista negra. Quarenta e duas empresas chinesas foram incluídas numa lista de restrições comerciais.

O Partido Comunista Chinês (PCCh) apoiou a Rússia na guerra desde o início, respondendo apenas evasivamente aos apelos dos diplomatas dos EUA para que reconhecesse a soberania das nações e cessasse a sua ajuda aos esforços de guerra russos. As sanções de sexta-feira revelaram amplos esforços por parte do governo dos EUA para impedir que dinheiro americano e estrangeiro reforce as forças armadas russas. Os indivíduos e entidades visados ​​iam além dos fornecedores diretos de fundos, armas e tecnologia aos militares russos e incluíam também a indústria metalúrgica e mineira da Rússia, o que prejudicaria o setor financeiro da Rússia.

O Ministério do Comércio chinês descreveu-as como “ações erradas” e alegou que as sanções foram aplicadas com “as chamadas desculpas relacionadas com a Rússia”.

De acordo com a Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China, o PCCh não só se recusou a parar de ajudar os esforços de guerra russos, mas também procurou minar sanções internacionais à Rússia.

Depois que os Estados Unidos e o Reino Unido emitiram sanções bloqueando a importação de cobre russo, o PCCh importou cobre russo disfarçado de sucata, de acordo com um relatório investigativo da Reuters.

Depois que altos funcionários dos EUA revelaram que a maioria dos microchips usados ​​em tanques, mísseis e aeronaves militares russos foram importados da China, os funcionários do PCCh disseram que eles “não forneceram armas a nenhuma parte”.

Os Estados Unidos impuseram sua primeira rodada de sanções à Rússia em fevereiro de 2022, logo após que autoridades do PCCh declararam que continuariam a manter comércio normal com a Rússia. O PCCh continuou a financiar e vender materiais necessários para equipamentos militares à Rússia ao longo de 2022, 2023 e 2024.

Em 2021, o PCCh aprovou sua Lei Antissanções Estrangeiras, alegando que ela confere ao partido autoridade para implementar contramedidas e retaliação contra o que considera “medidas restritivas discriminatórias… para conter ou suprimir nossa nação”.