Pandemia deixou 58% dos europeus com dificuldades econômicas, aponta estudo

26/05/2020 19:24 Atualizado: 26/05/2020 19:24

Por EFE

Bruxelas, 26 maio – Os efeitos da pandemia de Covid-19 resultaram em dificuldades econômicas para 58% dos europeus, de acordo com uma pesquisa realizada no fim de abril pelo Parlamento Europeu.

Alguns dos problemas relatados foram a diminuição da renda (mencionada por 30% dos entrevistados), desemprego total ou parcial (23%), uso de economias pessoais antes do previsto (21%), dificuldades para pagar o aluguel, faturas ou empréstimos (14%) e complicações para ter uma alimentação “decente” (9%).

Um a cada dez entrevistados afirmou que precisou pedir ajuda financeira a parentes ou amigos, enquanto 3% deles se disseram falidos.

Em geral, os entrevistados de Hungria, Bulgária, Grécia, Itália e Espanha foram os que mais tiveram problemas financeiros, enquanto os de Dinamarca, Holanda, Suécia, Finlândia e Áustria foram os menos afetados. Mais da metade dos entrevistados desses países declararam que não nunca tinham passado por problemas similares anteriormente.

Sobre a estratégia contra a crise econômica e sanitária, 69% dos entrevistados disseram acreditar que a União Europeia deveria ter “mais competência” no combate ao coronavírus SARS-CoV-2.

De acordo com a pesquisa, os cidadãos europeus queriam que a União Europeia se concentrasse principalmente em garantir abastecimentos medicinais para todos os Estados-membros, além destinar fundos de pesquisa para desenvolver uma vacina, oferecer apoio financeiro direto aos países e melhorar a cooperação científica entre eles.

Por outro lado, 57% dos entrevistados não estão satisfeitos com a solidariedade demonstrada entre os Estados-membros durante a pandemia, e só 42% opinaram que as medidas e ações adotadas pelo bloco até agora foram suficientes.

As maiores taxas de satisfação estão em Irlanda, Dinamarca, Holanda e Finlândia, enquanto os mais insatisfeitos estão em Itália, Espanha, Grécia, Áustria, Bélgica e Suécia.

A pesquisa foi realizada pela empresa Kantar entre 23 de abril e 1º de maio. Ao todo, foram consultados 21.804 cidadãos, com idades entre 16 e 64 anos, de 21 Estados-membros da União Europeia, deixando de fora Lituânia, Estônia, Letônia, Chipre, Malta e Luxemburgo.