Donald Trump tem demonstrado que não tem medo de ficar do lado correto.
Na semana passada, o governo norte-americano anunciou sanções contra 14 entidades e indivíduos iranianos. As sanções foram focadas em alguns dos piores perpetradores de violações dos direitos humanos no Irã.
Uma dessas pessoas é Gholamreza Ziaei, diretor da prisão Rajaee Shahr, a oeste de Teerã, conhecida por manter opositores políticos.
Milhares de manifestantes que tomaram as ruas desde dezembro passado, pedindo o fim do regime islâmico que governa o país desde 1979, acabaram presos.
Na prisão de Rajaee Shahr, manifestantes sofreram abuso sexual, tortura e, em alguns casos, foram executados extrajudicialmente. Em um caso chocante, oficiais da prisão arrancaram os olhos de um estudante preso por protestar.
As sanções atingiram a cúpula do regime iraniano, até chegar a Sadegh Amoli Larijani, chefe do poder judiciário iraniano, cujo irmão dirige o parlamento.
A ação imediata tomada em resposta ao levante popular em mais de 100 cidades no Irã mostra que a administração Trump assume sua posição contra aqueles que passam por cima dos direitos humanos.
Durante muitos anos, o governo norte-americano se manifestou pelos direitos humanos apenas em palavras, sem tomar ações concretas contra os malfeitores.
Na China, milhões de adeptos da prática espiritual do Falun Gong sofreram formas extremas de perseguição, incluindo tortura e assassinato, e até mesmo a extração forçada dos órgãos.
Estimativas indicam que, desde 1999, quando o Partido Comunista Chinês começou a perseguir este grupo pacífico, milhões foram presos e milhares foram mortos mediante tortura e abuso.
Em dezembro passado, Trump transmitiu sua mensagem mais forte até o momento: que os Estados Unidos não permitirão mais que tais abusos continuem.
Em um decreto assinado em 21 de dezembro, Trump declarou como emergência nacional as “graves violações dos direitos humanos e a corrupção” que estão ocorrendo em todo o mundo.
O decreto, cuja autoridade vem em parte do Global Magnitsky Human Rights Accountability Act, que foi aprovado em 8 de dezembro de 2016 pelo Congresso dos EUA, pode fazer com que os perpetradores de tais atos tenham entrada proibida no país e tenham seus ativos congelados.
Entre os primeiros a cair sob o decreto está Gao Yan, diretor do Departamento de Segurança Pública de Pequim, em uma filial no distrito de Chaoyang, pela morte de um ativista de direitos humanos durante sua detenção em março de 2014.
Nos próximos meses, veremos como a administração Trump usará essa poderosa ferramenta contra aqueles que abusam dos direitos humanos.
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