Por EFE
Genebra, 30 jan – A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira emergência internacional devido ao rápido aumento do número de pessoas infectadas pelo coronavírus detectado primeiro na China, que concentra 99% dos mais de 8 mil casos diagnosticados em cerca de 20 países.
O diretor geral da OMS. Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou o alerta em entrevista coletiva. Um comitê de emergência formado por 15 especialistas tomou a decisão levando em conta o surgimento de várias infecções em países como Alemanha, Japão, Estados Unidos e Vietnã em pacientes que não tinham viajado recentemente para a China.
“Declaramos esse alerta não pelo que está acontecendo dentro da China, mas pela situação em outros países, e porque poderia se expandir para lugares com sistemas sanitários mais frágeis”, disse Tedros, durante o anúncio de hoje.
“Não significa que desconfiemos da China, pelo contrário. Acreditamos na plena capacidade do país para combater essa emergência”, disse o diretor geral da OMS.
De acordo com Tedros, a emergência internacional não significa necessariamente que haja limitação no transporte e no comércio com a China.
A declaração, segundo o diretor geral da OMS, visa buscar um maior apoio aos países menos desenvolvidos e com sistemas de saúde insuficiente para que detenham possíveis casos, além de ser um apelo para que a comunidade internacional acelere as pesquisas por tratamentos e vacinas.
O alerta também busca “combater os boatos e a desinformação”, segundo explicou Tedros.
Esta é a sexta vez que a OMS declara este tipo de emergência global. A primeira foi na pandemia de H1N1 em 2009, e as demais foram os surtos de ebola na África Ocidental (2014) e na República Democrática do Congo (2019), o de pólio em alguns países de Ásia Central, Oriente Médio e África Central (2014) e a epidemia de zika (2015 e 2016).