Por EFE
Genebra (Suíça), 3 jul – A Organização Mundial de Saúde (OMS) admitiu nesta sexta-feira que não existe estudo em estágio suficientemente avançado para que torne possível prever quando será possível começar a produção de uma vacina contra o novo coronavírus.
“Seria pouco inteligente estimar quando uma vacina está pronta”, afirmou Mike Ryan, diretor executivo para Emergências da OMS, em entrevista coletiva.
De acordo com o representante da agência, a previsão possível é que no fim do ano estejam prontos os resultados sobre os estudos de eficiência das substâncias que estão sendo avaliadas ao redor do planeta.
Nesse caso, conforme detalhou o próprio Ryan, seria possível iniciar o processo de vacinação nos primeiros meses de 2021, desde que haja suficiente capacidade de produção.
O diretor executivo para Emergências da OMS afirmou que, justamente, um dos grandes desafios atuais é reforçar a capacidade de produção, enquanto os testes clínicos de vários grupos farmacêuticos estão avançando.
Em entrevista coletiva exclusiva para membros da Associação de Correspondentes Credenciados pela ONU (ACANU), a cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde, Soumya Swaminathan, explicou que 1,3 mil pesquisadores de todo o mundo participaram de reunião nesta semana para definir os tratamentos que devem ser focados.
Segundo a especialista, apesar de não haver um tratamento específico para a Covid-19, há provas que apontam que as pesquisas devem se centrar em quatro opções: antiviral, anti-inflamatório, antitrombótico e com plasma convalescente (extraído de pessoas recuperadas e que desenvolveram anticorpos).
Swaminathan ainda comentou sobre o Remdesivir, que Estados Unidos e União Europeia autorizaram que seja utilizado em pacientes em estado grave. Segundo a cientista-chefe da OMS, não há indícios de que o medicamento reduza, de fato, a mortalidade.