Um oficial da Marinha americana que voou em algumas das aeronaves mais secretas da América e que participou de escolas de formação nuclear da Marinha dos EUA, foi acusado de espionar os militares dos EUA para China e Taiwan.
O tenente-comandante Edward Chieh-Liang Lin, que emigrou de Taiwan para os Estados Unidos, está sendo agora mantido em uma prisão militar da Marinha na Virgínia, de acordo com o U.S. Naval Institute News (USNI News).
O USNI News relatou que Lin serviu como “um marinheiro alistado para treinamento nuclear” e como um “especialista em inteligência de sinais em aeronaves de inteligência de sinais, como o EP-3E Aries II da Marinha”.
Segundo a denúncia, as acusações que recaem sobre Lin incluem dois casos de espionagem, três casos de tentativa de espionagem, cinco casos de comunicação de informações de defesa, uma acusação de aliciamento de prostitutas, um caso de violação da ordem geral, e um caso de adultério (o que viola a lei militar).
As acusações são graves, e detalhes sobre o caso ainda são não foram revelados, mas a USNI News foi capaz de obter mais informações a partir de fontes não identificadas sobre o caso e de relatórios militares de código aberto.
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Um oficial americano não identificado disse ao USNI News que, além de supostamente passar informações militares secretas à República Popular da China, Lin também teria supostamente passado informações para Taiwan.
A situação deverá se tornar mais clara quando o julgamento começar. Como a USNI News reportou, não é incomum para os aliados dos EUA, tais como Taiwan e até mesmo Israel, espionarem os mecanismos de defesa americanos, mas não é comum um indivíduo espionar os Estados Unidos em nome de dois governos, ainda mais no caso de Taiwan e da China Continental, que não são exatamente parceiras.
Embora as notícias do caso de Lin só agora estejam sendo amplamente divulgadas, ele teria supostamente estado em confinamento por cerca de oito meses, enquanto aguardava seu julgamento. Ele esteve em audiência sob o Artigo 32 (semelhante a uma audiência preliminar em tribunais civis) do Código Uniforme de Justiça Militar dos Estados Unidos, realizada em 8 de abril.
Foi supostamente designado para um “Caso de Segurança Nacional”, e a USNI News apontou que “Os casos são julgados de acordo com um conjunto adicional de regras diferentemente de uma corte marcial normal, devido à sensibilidade da prova envolvida no processo.”
O caso de Lin está atualmente nas mãos do comandante da U.S. Fleet Forces, Almirante Phil Davidson, de acordo com a USNI News, que irá decidir se o caso irá seguir para uma corte marcial (julgamento militar).