Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Apesar dos objetivos de Xi Jinping de modernizar o Exército de Libertação Popular (ELP) e desafiar os Estados Unidos como a maior potência militar, o regime chinês é provavelmente um “tigre de papel“.
As forças armadas chinesas são incapazes de lutar efetivamente, e muito menos vencer uma guerra contra os Estados Unidos. A falta de experiência de combate do ELP, o histórico de recuo das batalhas, os equipamentos de baixa qualidade, as lacunas tecnológicas e a dependência de tecnologia estrangeira, problemas de recrutamento, e a incapacidade de lutar em guerras distantes contribuem para essa percepção. Embora a China seja vista como o terceiro exército mais poderoso militar do mundo, essas deficiências sugerem que sua força pode estar sendo superestimada e carece de capacidade no mundo real.
Em 1979, o regime chinês invadiu o Vietnã para puni-lo pela invasão do Camboja. Esse conflito tornou-se uma experiência cara e embaraçosa para a China, revelando problemas em suas táticas militares, logística e prontidão geral de combate, apesar de ter mais tropas. Foi também a última vez que o ELP se envolveu em um conflito militar de grande escala.
Recentemente, as tropas chinesas e indianas entraram em confronto ao longo de sua fronteira disputada no Himalaia, especialmente durante o confronto no Vale Galwan em 2020, que envolveu um brutal combate corpo a corpo. Os relatórios sugerem que a China teve mais vítimas do que a Índia, levantando questões sobre seu treinamento e preparação militar.
A confiabilidade e a prontidão das tropas do ELP também foram questionadas devido a casos de covardia percebida em combate. Por exemplo, em 11 de julho de 2016, o Center For Civilians in Conflict (CIVIC), com sede em Washington, relatou que as forças de paz chinesas no Sudão do Sul abandonaram seu posto e deixaram para trás armas e munições durante um ataque das forças da milícia local. Esse incidente, parte da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS, na sigla em inglês), foi criticado por não proteger os civis e comprometer a segurança de outras forças de paz.
Problemas de qualidade com equipamentos fabricados na China, como mísseis com falhas de disparo e aeronaves defeituosas, como os jatos JF-17 Thunder, que tiveram problemas operacionais e acidentes, levantam dúvidas sobre a confiabilidade das armas chinesas. A tecnologia militar chinesa é frequentemente vista como inferior às suas contrapartes ocidentais. A dependência da China em relação à tecnologia estrangeira, principalmente da Rússia, sugere que sua própria base tecnológica não está totalmente madura, limitando a eficácia e a inovação.
Apesar dos avanços significativos, os analistas afirmam que o ELP ainda está atrás dos militares dos EUA em áreas-chave como tecnologia stealth, aviônica, guerra cibernética e sistemas de mísseis avançados. Essa dependência também destaca a ameaça de espionagem que a China comunista representa para os Estados Unidos, pois busca roubar tecnologia avançada. Além disso, ao contrário do equipamento dos EUA, que foi testado em vários conflitos, o hardware chinês permanece em grande parte não testado em combate, tornando difícil avaliar seu verdadeiro desempenho em condições de campo de batalha.
O ELP enfrenta problemas significativos de recrutamento, lutando para atrair soldados de alta qualidade. Os relatórios destacam problemas com a qualidade do pessoal, incluindo padrões inadequados de treinamento e educação, além de baixa disciplina e moral. Apesar dos programas de recrutamento nas universidades, os formandos preferem entrar na força de trabalho civil em vez do serviço militar. Essa escassez de pessoal qualificado prejudica o objetivo de modernização do ELP. Os equipamentos e sistemas de armas cada vez mais complexos exigem níveis mais altos de inteligência, educação e treinamento. Os recrutas que não têm outras opções geralmente têm níveis mais baixos de educação e falta de motivação, o que leva a baixo moral dentro do ELP.
Xi tem como objetivo criar uma marinha de águas azuis e ampliar o domínio chinês em nível global, mas o regime teria dificuldades para combater guerras longe de casa. Grande parte do poder militar da China se concentra em Taiwan e no Mar do Sul da China. Embora seja forte nessas áreas, isso limita a projeção do poder global de Pequim. A capacidade do ELP de operar globalmente é restrita em comparação com os Estados Unidos devido à falta de bases no exterior e à fragilidade da logística e das cadeias de suprimentos para operações prolongadas. Além disso, o sistema centralizado de comando e controle do regime podem retardar a tomada de decisões e criar inflexibilidade.
As alianças da China não são tão fortes ou confiáveis quanto as dos Estados Unidos, que se beneficiam de redes estabelecidas, como a OTAN. O regime chinês tem dificuldades com o soft power devido às percepções negativas de suas questões de direitos humanos, medidas draconianas contra a pandemia da COVID-19, ações agressivas no Mar do Sul da China e contínuas disputas de fronteira com quase todos os seus vizinhos. A China tem apenas um aliado oficial: a Coreia do Norte. Seu outro aliado é a Rússia, que sofre sanções pesadas e está envolvida em uma guerra com a Ucrânia.
O regime chinês aumentou seus exercícios militares na Ásia nos últimos anos. Entretanto, as observações dos EUA sobre as forças armadas do ELP revelaram lacunas nas capacidades do ELP em comparação com forças armadas mais experientes e tecnologicamente avançadas.
É discutível se a China é ou continuará sendo um tigre de papel, já que Xi está priorizando a contínua modernização e expansão do ELP. Entretanto, problemas que vão desde a falta de experiência até a incapacidade de travar guerras em lugares distantes prejudicam a aura de invencibilidade desejada por Xi. Além disso, a modernização e a expansão militar da China dependem muito do crescimento econômico sustentado. Uma crise de envelhecimento iminente e vulnerabilidades econômicas, incluindo altos níveis de endividamento, dependência de exportações e possíveis sanções econômicas, podem afetar sua capacidade de manter os avanços militares.
Os Estados Unidos estão à frente por enquanto, mas devem permanecer vigilantes e continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia militar para manter sua vantagem.
As opiniões expressas neste artigo são opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.