No povo da China jaz esperança para reverter regime totalitarista, diz congressista dos EUA

25/12/2017 08:52 Atualizado: 25/12/2017 08:52

O Congresso dos EUA tem começado a demonstra uma visão mais cética sobre o regime chinês. Em 20 de dezembro, os congressistas estadunidenses Dana Rohrabacher (R-Calif.) e Steve King (R-Iowa) se juntaram a um painel organizado por um grupo dedicado a desintegrar o Partido Comunista Chinês.

“Nosso desafio número um nos próximos anos é [lidar com] uma China fascista, totalitária e agressiva”, disse Rohrabacher. “Se a situação continuar do jeito que está na China, se houver uma força descontrolada como essa… haverá coisas horríveis acorrendo a todos os países do mundo em nosso tempo de vida”.

“[A China tem uma] ditadura de Estado fascista, tentando controlar a vida das pessoas de forma ditatorial sem oposição e imprensa, e tomando os recursos de pessoas menos capacitadas”, disse Rohrabacher.

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Servindo como um membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, o congressista da Califórnia é sincero em assuntos internacionais. Ele é particularmente conhecido por ser um crítico de longa data do Partido Comunista Chinês e dos seus inúmeros abusos dos direitos humanos, entre os quais ele repetidamente destaca a perseguição à prática espiritual do Falun Gong (também conhecido como Falun Dafa) como um dos grandes pecados do regime chinês.

Rohrabacher enfatizou que a solução para os Estados Unidos e o mundo livre é trabalhar com o povo chinês: “Nossa esperança de paz com a China depende do povo chinês e não do seu governo.”

Tuidang

Rohrabacher fez suas observações num fórum intitulado “Abusos dos Direitos Humanos e Movimento Tuidang na China”, que foi realizado no edifício Cannon no Capitólio em Washington, D.C., e patrocinado pelo Centro Tuidang.

Tuidang” traduz-se literalmente como “retirar-se do Partido [Comunista Chinês]”, e o Centro Tuidang diz que é sua missão “libertar os corações e as mentes na China”. Ele trabalha para “ajudar todos os chineses no mundo a renunciarem ao Partido Comunista Chinês e a suas organizações afiliadas”. (Estas seriam os Jovens Pioneiros e a Liga da Juventude Comunista. Quase todos os jovens na China se juntam a pelo menos uma dessas organizações.)

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O Partido Comunista Chinês considera tal renúncia como um ato dissidente, uma vez que o Partido não permite que seus membros se retirem. Eles podem apenas serem expulsos pela liderança do Partido.

Iniciado em 2004, o Centro Tuidang já registrou mais de 293 milhões de chineses que enviaram suas renúncias, que, por razões de segurança, geralmente é feito usando um pseudônimo.

Rohrabacher elogiou o movimento Tuidang por oferecer ao povo chinês sob a ditadura de partido único uma oportunidade de renunciar e não participar da repressão.

Perseguição

A perseguição ao Falun Gong na China foi um tema importante do fórum.

O congressista Steve King (R-Iowa) disse que apoiou várias resoluções do Congresso dos EUA que condenaram a perseguição do regime chinês ao Falun Gong porque o regime menospreza os direitos fundamentais da liberdade. “[Os praticantes do Falun Gong] querem apenas cultivar seus princípios e viver de forma pacífica”, disse King.

O Falun Gong envolve prática de exercícios meditativos e viver de acordo com os princípios de verdade, compaixão e tolerância. Em 1999, o então líder chinês Jiang Zemin, temendo a popularidade da prática, ordenou uma perseguição sistemática num esforço para erradicá-la da China.

China, direitos humanos, tuidang - Xu Xinyang (centro), uma menina de 16 anos da China que reside atualmente nos Estados Unidos, falou sobre seu pai, um praticante do Falun Gong, que morreu sob tortura na China, durante um fórum intitulado "Abusos dos Direitos Humanos e Movimento Tuidang na China", em Washington, D.C., em 20 de dezembro de 2017 (The Epoch Times)
Xu Xinyang (centro), uma menina de 16 anos da China que reside atualmente nos Estados Unidos, falou sobre seu pai, um praticante do Falun Gong, que morreu sob tortura na China, durante um fórum intitulado “Abusos dos Direitos Humanos e Movimento Tuidang na China”, em Washington, D.C., em 20 de dezembro de 2017 (The Epoch Times)

Um dos casos de abusos dos direitos humanos descritos no fórum foi relatado por Xu Xinyang, uma menina de 16 anos originária da China. Xu contou como seu pai foi preso na China por praticar o Falun Gong e morreu em 2009 devido à tortura e às condições precárias que sofreu na prisão. Xu e sua mãe, que também foi perseguida pela polícia chinesa pelo mesmo “crime” de praticar o Falun Gong, escaparam por pouco da China naquele ano, e as duas atualmente residem em Maryland, nos Estados Unidos.

Du Haipeng, que também vive em Maryland, participou do fórum para aumentar a conscientização sobre o caso de sua mãe. Yuan Xiaoman, de Dalian, na China, foi presa em 2016 e condenada a 42 meses de prisão por tentar dar início a uma ação judicial contra Jiang Zemin por seus crimes contra a humanidade. O pai de Du também foi preso nos primeiros anos da perseguição, encarcerado por três anos e severamente torturado.

China, direitos humanos, tuidang - Du Haipeng apela pela libertação de sua mãe, uma praticante do Falun Gong aprisionada na China, diante da embaixada chinesa em Washington, D.C., em 7 de janeiro de 2016 (Minghui.org)
Du Haipeng apela pela libertação de sua mãe, uma praticante do Falun Gong aprisionada na China, diante da embaixada chinesa em Washington, D.C., em 7 de janeiro de 2016 (Minghui.org)

O Congresso dos Estados Unidos tem assumido uma posição cada vez mais dura contra o regime chinês recentemente. Uma semana antes do fórum, em 13 de dezembro, a Comissão Executiva do Congresso sobre a China (CECC) realizou uma audiência pertinentemente intitulada “O Longo Alcance da China: Exportando o Autoritarismo com Características Chinesas”. Membros do Congresso e especialistas que foram convocados para testemunhar expressaram preocupação urgente de que o regime chinês não só oprime o seu povo internamente mas também exporta seu alcance autoritário para o estrangeiro, incluindo os Estados Unidos.

O fórum foi moderado pelo prof. Sen Nieh, vice-presidente do Centro Tuidang, e apresentou uma série de críticos conhecidos do regime chinês, incluindo o famoso ativista dos direitos chineses Chen Guangcheng, que descreveu alguns dos últimos abusos dos direitos humanos na China. Trevor Loudon, um autor baseado na Nova Zelândia, que comparou as operações de influência do regime chinês contra a Nova Zelândia com as táticas usadas contra os Estados Unidos.

Outros participantes incluíram: Tsuwei Hwang, porta-voz da Associação de Praticantes do Falun Dafa em Washington, D.C.; Rong Yi, presidente do Centro Tuidang; Edward Griffin, um reconhecido autor e cineasta estadunidense; Theresa Chu, uma advogada taiwanesa de direitos humanos; e Dong Li, PhD, colunista e comentarista da New Tang Dynasty TV.