Por Jack Phillips, Epoch Times
Uma chinesa foi hospitalizada e entrou em coma enquanto estava sob custódia policial e em seguida morreu, depois de sobreviver 13 anos em campos de trabalhos forçados em uma prisão infernal conhecida por torturar prisioneiros de consciência, segundo o site Minghui.org.
Jin Shunnu morreu em 10 de outubro sob custódia da polícia, depois de ser presa por falar com as pessoas sobre o Falun Dafa, um tipo de prática espiritual baseada nos princípios da “Verdade, Compaixão, Tolerância” que desde 1999 é perseguida pelo regime comunista chinês. O site Minghui, dedicado à publicação de informações sobre a perseguição contra o Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, relatou que seu corpo “foi cremado no mesmo dia sem uma autópsia, e o atestado de óbito emitido pelo hospital diz que ela morreu devido a um derrame cerebral”.
O marido e a filha foram ao hospital para ficar com ela, ms Jin nunca recuperou a consciência depois de entrar em coma. Não está claro por que ela entrou em coma, segundo o Minghui.
Os praticantes do Falun Dafa, de acordo com a Freedom House (organização sem fins lucrativos sediada em Washington, D.C., capital dos Estados Unidos, com cinco escritórios de trabalho em aproximadamente uma dúzia de países, fundada em 1941), são rotineiramente submetidos a espancamentos, tortura, assassinato e à extração de órgãos enquanto ainda estão vivos, como fonte de lucro. De acordo com um relatório feito no mês passado, um idoso praticante do Falun Dafa em outra província chinesa foi espancado na prisão, e em seguida lhe injetaram “drogas desconhecidas”.
Minghui apontou que toda a família de Jin foi presa por praticar o Falun Dafa. “Jin foi presa entre 2002 e 2015. Seu marido, Shen Shan, cumpriu pena de 11 anos por causa de sua fé. Sua filha, Shen Chunting, também foi submetida a três anos de trabalhos forçados por praticar o Falun Dafa “, diz o relatório. “A família finalmente se encontrou em 2015, apenas para perder Jin três anos depois”.
Enquanto estava na prisão, ela foi brutalmente espancada por guardas e outros internos, água foi derramada em seu corpo e choques elétricos foram aplicados, e ela foi privada do sono e do uso do banheiro.
Em certa ocasião, de acordo com o Minghui, “duas detentas tiraram sua roupa de baixo e a enfiaram em sua boca. Em seguida a derrubaram no chão e a pisotearam. Outra prisioneira batia em suas costas com um cabide e um bastão de borracha. Suas costas ficaram cobertas de hematomas e ela teve dificuldade para respirar”.
“Os guardas negaram seu pedido de tratamento médico depois de sofrer os ferimentos, por medo de que suas brutalidades fossem descobertas.”
Extração forçada de órgãos de praticantes do Falun Dafa
Em uma atualização de 2016 do seu relatório, a Coalizão Internacional para Acabar com o Abuso de Transplantes na China declarou que o Partido Comunista Chinês (PCC) está realizando um número muito maior de transplantes do que afirma oficialmente.
O PCC tem especificamente como alvo os praticantes do Falun Dafa, mas os uigures, os tibetanos e os cristãos também têm sido mortos para a extração de órgãos.
“Se fizermos a conta, isso significa que cerca de 150 pessoas morrem diariamente na China para a extração de seus órgãos. E não há sobreviventes nessas operações “, disse o ex-membro do Parlamento canadense e secretário de Estado para a Ásia e o Pacífico, David Kilgour, em maio de 2018.