Morador da China condenado por roubar segredos comerciais da Tesla

19/12/2024 08:30 Atualizado: 19/12/2024 08:30
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Klaus Pflugbeil, um canadense que reside atualmente na China, foi condenado em 16 de dezembro a 24 meses de prisão por vender segredos comerciais roubados de uma empresa americana.

Pflugbeil foi acusado em março e se declarou culpado em um tribunal federal de Nova Iorque em junho.

Ele e o co-conspirador Yilong Shao, que continua foragido, trabalharam para uma fabricante canadense que vendia equipamentos de precisão para empresas de baterias. Essa empresa foi adquirida em 2019 por uma grande fabricante norte-americana de veículos elétricos movidos a bateria e sistemas de energia de bateria, da qual Pflugbeil e Shao roubaram informações.

A empresa americana foi identificada como a Tesla. Pflugbeil trabalhou na fabricante canadense Hibar Systems Ltd. no Canadá e na China de 1995 a 2009; a Hibar foi posteriormente adquirida pela Tesla.

De acordo com comunicações entre Pflugbeil e Shao mencionadas nos documentos do tribunal, Pflugbeil detalhou documentos originais e desenhos de tecnologias proprietárias que ele havia roubado da Tesla. Por volta de julho de 2020, Pflugbeil se juntou à empresa de Shao, que fabricava e vendia o mesmo tipo de equipamento produzido por seu antigo empregador.

“O réu construiu um negócio na China para vender tecnologia sensível pertencente a uma empresa norte-americana”, disse o procurador dos EUA Breon Peace, do Distrito Leste de Nova Iorque. “Suas ações foram ousadas — ele chegou a anunciar que estava vendendo os produtos da vítima — porque acreditava, incorretamente, que estava fora do alcance dos procuradores dos Estados Unidos”.

Pflugbeil anunciou esses produtos no YouTube, LinkedIn e Google, onde os anúncios eram exibidos dezenas de milhares de vezes por semana. Em mensagens diretas de publicidade, Pflugbeil afirmou falsamente que seus produtos não infringiam patentes, direitos autorais ou qualquer outra propriedade intelectual. De acordo com o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês), Pflugbeil obteve mais de US$ 1,3 milhão com os segredos comerciais roubados.

Oficiais do DOJ afirmaram que o caso envolve segurança nacional, mencionando a prática do regime comunista chinês de eliminar competidores em setores estratégicos.

O departamento afirmou que isso poderia ajudar montadoras chinesas a dominar o mercado dos EUA e global. Esse domínio de mercado também “apresenta um potencial risco à segurança nacional”.

Em setembro, o governo Biden propôs uma proibição de software e hardware de veículos chineses, citando preocupações de segurança nacional. O governo destacou que todos os carros novos são “veículos conectados”, com capacidade de capturar e transmitir grandes volumes de dados sensíveis.

“Ao roubar segredos comerciais de uma fabricante norte-americana de veículos elétricos para usar em sua própria empresa na China, as ações de Pflugbeil beneficiariam a RPC em uma indústria crítica com implicações de segurança nacional”, declarou o procurador-assistente para Segurança Nacional Matthew G. Olsen.

“O Departamento de Justiça mobilizará todos os recursos disponíveis para impedir nossos adversários de avançarem suas ambições globais às custas da segurança nacional dos EUA”.

A prisão de Pflugbeil ocorreu após agentes disfarçados entrarem em contato com Shao em setembro de 2023 durante uma feira comercial. Posteriormente, os agentes foram conectados a Pflugbeil por e-mail. Pflugbeil enviou aos agentes um documento de 66 páginas com detalhes técnicos que continham os segredos comerciais roubados.