Por Diário do Poder
A maior ponte de travessia marítima do mundo — a Hong Kong-Zhuhai-Macau — foi inaugurada na China, após nove anos do início da construção. A infraestrutura tem 55 km de extensão e liga Hong Kong a Macau e à cidade chinesa de Zhuhai.
A inauguração acontece em meio a um mar de críticas: muitos afirmam que a ponte é apenas um elefante branco e outros acusam ainda a construção de ter causado sérios danos à vida marítma em seu entorno. Além disso, pelo menos 18 trabalhadores morreram em serviço.
A ponte custou US$ 20 bilhões, aproximadamente R$ 73,7 bilhões, e deveria ter sido concluída há dois anos, mas uma série de atrasos — principalmente geradas por falta de mão de obra e de material de construção — empurraram a inauguração para esta terça (23).
A estrutura é feita de 400 mil toneladas de aço e foi projetada para resistir a terremotos e tufões. Cerca de 30 km da extensão da ponte atravessa o mar do delta do Rio das Pérolas. Quase 7 km do comprimento corre por um túnel para permitir a passagem de navios pelo local.
Um dos grandes ganhos da construção é a diminuição do tempo de viagem entre Zhuhai e Hong Kong. Antes, o trajeto era feito em até quatro horas. Agora, a expectativa é de que a ligação ocorra em 30 minutos.
No entanto, para atravessar a Hong Kong-Zhuhai-Macau é preciso obter uma licença especial distribuída por um sistema de cotas e todos os veículos devem pagar pedágio. Apenas transporte particular transitará pelo local.
O regime comunista chinês afirma que a ponte vai gerar US$ 5,31 trilhões — cerca de R$ 20 trilhões — para a economia do país. No entanto, a cifra foi questionada. A estimativa da rede BBC na China afirma que, em pedágio, a estrutura vai gerar por ano US$ 86 milhões, aproximadamente R$ 317 milhões.