Justiça dos EUA impede venda de falsa cura “milagrosa” para Covid-19

17/04/2020 21:58 Atualizado: 17/04/2020 22:23

Por EFE

Miami, 17 abr – Um juiz federal dos Estados Unidos proibiu nesta sexta-feira a venda de um suposto tratamento “milagroso” para a cura da Covid-19, após ser aberto um processo contra os fabricantes de uma solução que é utilizada como alvejante e pode adoecer quem a consome.

Ariana Fajardo Orshan, procuradora do Distrito Sul da Flórida, disse se tratar de uma “fraude” com produtos que não foram aprovados pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) e são potencialmente perigosos para a saúde.

“Estes produtos não são apenas potencialmente prejudiciais. Sua distribuição e uso podem evitar que as pessoas doentes recebam o atendimento médico legítimo que necessitam”, comentou.

Autoridades federais exigiram a interrupção imediata do consumo destas soluções e de outros produtos com clorito de sódio com os nomes Miracle ou Master Mineral Solution, Miracle Mineral Supplement, MMS, Cloro Dioxido Protocol e Water Purification Solution (WPS).

De acordo com o processo, ao misturar as substâncias conforme as instruções da embalagem é obtido um “forte químico” utilizado como alvejante.

A FDA afirmou que recebeu muitos relatos sobre tais produtos, vendidos como “tratamentos” que prometem a cura para Covid-19, autismo, Alzheimer, câncer, HIV/aids e esclerose múltipla, entre outras doenças.

Desde 2010, a FDA adverte que tais produtos podem causar náuseas, vômitos, diarreia e sintomas de desidratação severa, mas ainda são vendidos online e com muitos distribuidores independentes.

A procuradoria detalhou que o processo foi aberto contra a Igreja de Saúde e Cura Genesis II e seus diretores, Mark Grenon, Joseph Grenon, Jordan Grenon e Jonathan Grenon, acusados de vender e distribuir Miracle Mineral Solution.

A entidade vende o produto pela internet alegando que “curará, diminuirá, tratará ou evitará o novo coronavírus (SARS-CoV-2), o que inclui a Covid-19, e outras doenças”, segundo a procuradoria.