Investigadores europeus descobrem possível tratamento para casos de Covid-19

18/06/2020 16:52 Atualizado: 18/06/2020 16:52

Por EFE

Bruxelas, 18 jun – Um medicamento genérico usado para combater a osteoporose, o Raloxifeno, pode servir como um tratamento eficaz para pacientes positivos para Covid-19 com sintomas leves ou assintomáticos, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira pela Comissão Europeia (CE) através de pesquisadores europeus.

Os “resultados promissores” da pesquisa do consórcio europeu Exscalate4CoV são baseados em cálculos do sistema de supercomputação da União Europeia (UE).

Em especial, os pesquisadores concentraram suas análises na verificação do “impacto potencial das moléculas já conhecidas contra a estrutura genômica do coronavírus”.

O consórcio Exscalate4CoV possui 18 parceiros e 15 membros associados.

“O consórcio já testou virtualmente 400 mil moléculas usando seus supercomputadores. Cerca de 7 mil foram pré-selecionadas e 40 se revelaram ativas contra experimentos in vitro. Entre eles, o Raloxifeno emergiu como a molécula mais promissora”, relatou a CE.

Nesta primeira fase da pesquisa, foi possível verificar que o medicamento “poderia ser eficaz no bloqueio da replicação do vírus nas células”, interrompendo o avanço da doença, principalmente quando está em sua fase inicial.

Os pesquisadores destacam a “alta tolerabilidade para o paciente, a segurança e o perfil toxicológico altamente estabelecido” do composto.

Antes de continuar com o processo experimental, o projeto deve receber a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos, que deve aprovar o novo “uso potencial” do composto.

“Uma vez aprovado, o medicamento pode ser rapidamente disponibilizado ao público em grandes quantidades e a baixo custo, ajudando assim a atenuar os efeitos de novas ondas de infecção”, enfatizou.

Na ocasião desta investigação, o Comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, enfatizou que esses primeiros resultados “demonstram o valor da verdadeira cooperação pan-europeia” em questões científicas.

Portanto, ele não descartou a mobilização de mais recursos e tecnologias disponíveis, “incluindo a Inteligência Artificial”, para combater o vírus.