Institutos Confúcio da China ameaçam liberdade global (Vídeo)
Por Cheryl Casati, Epoch Times
Uma série de polêmicos programas apoiados pelo Partido Comunista Chinês, chamados Instituto Confúcio (IC), foram desenvolvidos e abrigados em universidades dos Estados Unidos e do mundo. No entanto, agora a alegação dos IC de promover a cultura e o idioma chinês foi eliminada.
ICs de todo os Estados Unidos atraíram a atenção de legisladores, organizações americanas e do FBI por supostamente solapar a liberdade acadêmica. Os CIs são acusados de promover propaganda comunista chinesa.
O conceito inicial que a China usava para vender o objetivo dos CIs era o de fortalecer o aprendizado da língua chinesa nas universidades e no nível K-12 do sistema educacional dos Estados Unidos, além de construir uma rede de escolas com o apoio do regime. O programa de ensino do idioma chinês dos ICs cresceu para mais de 1.600 universidades e escolas em todo o mundo.
A placa dos ICs foi eliminada pela crescente controvérsia global e pelas investigações em torno do programa multimilionário dos ICs chineses e os riscos que podem representar para a sociedade americana, tais como violações dos direitos humanos, perda de integridade acadêmica e liberdade, a submissão de estudantes à influência estrangeira, e até possíveis infrações à segurança nacional americana.
Os ICs fazem parte da abordagem de “soft power” da China. De acordo com um artigo da BBC, a missão de promover o aprendizado da língua chinesa no exterior está acompanhada pelo objetivo da política externa de transformar a China em uma superpotência cultural e não apenas econômica.
Uma das principais políticas dos ICs é ensinar uma versão muito particular, aprovada por Pequim, da cultura e da história chinesas. Esta versão ignora as preocupações sobre os direitos humanos, por exemplo, e ensina que Taiwan e o Tibet pertencem inquestionavelmente à China Continental.
“Além disso, se um aluno levanta dúvidas sobre questões que Pequim considera ‘questões políticas controversas’, como os direitos humanos na China, o massacre da Praça Tiananmen, a perseguição à disciplina espiritual do Falun Dafa e a remoção ilegal de órgãos, instruiu-se professores dos ICs a seguir a linha de Pequim sobre esses tipos de questões. E eles receberam ordens de reorientar a discussão para outro tópico.
Nos ICs, a questão do Falun Dafa é especialmente proibida. O Falun Dafa é uma prática de meditação tradicional chinesa que inclui cinco exercícios suaves, bem como ensinamentos baseados nos princípios universais da Verdade, Compaixão e Tolerância.
Depois que o Falun Dafa foi divulgado pela primeira vez na China em 1992, sua popularidade cresceu rapidamente até atingir entre 70 e 100 milhões de pessoas praticantes, número maior do que os membros registrados do Partido Comunista Chinês na época, provocando inveja e medo no ex-líder do Partido, Jiang Zemin, em relação à enorme popularidade da disciplina espiritual.
Em 1999, o Partido lançou uma perseguição nacional contra o Falun Dafa. Praticantes foram presos, torturados e até mesmo mortos e submetidos à extração de órgãos que depois foram vendidos para transplantes. A perseguição continua até hoje.
Em um relatório de 2017 sobre os ICs, a Associação Nacional de Acadêmicos (NAS, na sigla em inglês) destacou as preocupações com a transparência, a liberdade intelectual e a censura de questões como Taiwan e o Tibete. A NAS recomendou que todas as universidades fechassem seus ICs.
“Devemos nos educar sobre a agenda oculta do [Partido Comunista Chinês] e impedir essas tentativas de trazer a influência comunista através de nossas escolas para nossos filhos e interferir nas atividades de qualquer organização acadêmica independente”, disse a NAS.
Deve causar alarme a todo aquele que a agenda dos CIs inclui em sua promoção da história comunista chinesa, não apenas aos estudantes universitários, mas também aos níveis do ensino fundamental e médio do sistema educacional. O IC foi frequentemente comparado como um tipo de “Cavalo de Troia” para instaurar o soft power.
No Arizona, os ICs são encontrados na Universidade Estadual do Arizona, na Universidade do Arizona e na Universidade do Norte do Arizona. A maioria dos ICs estendeu seu alcance através de parcerias com várias escolas de ensino fundamental nessa região.
O premiado documentário intitulado “Em nome de Confúcio” discute a controvérsia global sobre os Institutos Confúcio.