Por Bruna Lima, Terça Livre
Após o Ministério da Defesa de Taiwan denunciar a presença da Força Aérea Chinesa em seu território, no último sábado (23), a República Popular da China resolveu aumentar o tom e responder à ilha nesta quinta-feira (28).
Segundo a Agência Reuters, a China declarou que “independência significa guerra” e que suas forças armadas estavam agindo em resposta à provocação e interferência estrangeira.
Desde meados de 1946 Taiwan busca independência da China. O país comunista, no entanto, tenta impedir o processo formal de autonomia da ilha.
O Partido Comunista Chinês acredita que o governo de Tsai Ing-wen em Taiwan ‘está levando a ilha a uma declaração de independência oficial’ e busca impedir a formalização.
Questionado em uma coletiva de imprensa mensal sobre as atividades recentes da Força Aérea, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, disse que Taiwan é uma parte inseparável da China.
“As atividades militares realizadas pelo Exército de Libertação do Povo Chinês no Estreito de Taiwan são ações necessárias para lidar com a atual situação de segurança no Estreito de Taiwan e para salvaguardar a soberania e a segurança nacional”, disse ele.
“Eles são uma resposta solene às interferências externas e provocações das forças da ‘independência de Taiwan’”, acrescentou.
“Advertimos os elementos da ‘independência de Taiwan’: aqueles que brincam com fogo vão se queimar e ‘independência de Taiwan’ significa guerra”, acrescentou.
Apesar do Partido Comunista Chinês nunca ter diminuído o uso de suas forças para se unificar com Taiwan, as ameaças públicas à nação são incomuns.
A declaração é dada há poucos dias da posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos.
Durante a gestão do ex-presidente Donald Trump, Taiwan obteve um grande apoio para sua independência, inclusive em negociações de armas e visitas de oficiais de diplomatas norte-americanos.
O governo do presidente Joe Biden, no cargo há uma semana, reafirmou seu compromisso com Taiwan como sendo “sólido como uma rocha”, potencialmente pressagiando novas tensões com Pequim.
Agência Reuters.