IBM se une a centros de pesquisa para acelerar combate a Covid-19 no Brasil

06/05/2020 15:23 Atualizado: 06/05/2020 15:23

Por EFE

São Paulo, 6 mai – A companhia americana de tecnologia IBM anunciou parceria com a organização representativa para pesquisa clínica Azidus Brasil e com o laboratório Cellavita para acelerar no país os estudos sobre tratamentos para a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

Para isso, a multinacional disponibilizou o sistema IBM Clinical Development(ICD) de forma gratuita para as duas instituições, que utilizarão a ferramenta tecnológica, baseada em nuvem e em inteligência artificial (IA), para ajudar a obter resultados de forma mais rápida.

“Há mais de um século, temos desenvolvido na IBM tecnologias para ajudar a resolver desafios complexos da sociedade. Nesse momento crítico, estamos comprometidos em ajudar as pessoas, governos e organizações na luta contra a Covid-19”, destacou o presidente da companhia no Brasil, Tonny Martins.

Durante um encontro online com jornalistas, o executivo destacou que “várias empresas” já estão se beneficiando das tecnologias de ponta desenvolvidas pela multinacional para criar soluções efetivas para “os principais ativos” da atual crise.

“Oferecemos créditos com a nossa nuvem e acesso às nossas plataformas para que empresas e start-ups desenvolvam soluções. Também temos o Watson Assistant for Citizens, que é uma solução de inteligência artificial na nossa nuvem para que governos e entidades de saúde possam ter uma interação mais assertiva, próxima e eficiente com o cidadão ou com os seus clientes”, explicou Martins.

O IBM Watson Assistant for Citizens, que fica na nuvem pública companhia, inclui ferramentas de processamento de linguagem natural e recursos de pesquisa de IA para entender e responder a perguntas comuns sobre a Covid-19, que chegou a 3,48 milhões casos em todo o mundo e superou a marca de 241 mil mortes nesta terça-feira, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A empresa oferece a ferramenta gratuitamente por pelo menos 90 dias e também ajuda na configuração inicial do sistema, disponível em inglês, espanhol e português, apesar de também poder ser adaptado para 13 idiomas.

O Watson Assistant for Citizens já está em uso na América Latina, além do engajamento com organizações nos Estados Unidos, República Tcheca, Finlândia, Grécia, Itália, Polônia, Espanha e Reino Unido.

Além disso, Martins enfatizou o papel da IBM no setor da educação e da cibersegurança para ter um papel ativo nas transformações digitais em um contexto de mudanças culturais e de hábito permanentes desencadeadas pela Covid-19.

“Utilizamos a inteligência artificial, e a nossa nuvem, para possibilitar a entrega de conteúdo muito mais personalizado, individualizado e da forma como cada um individualmente aprende mais, e temos investido muito em parcerias com centros educacionais para a área tecnológica”, afirmou.