Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Hackers chineses estão se posicionando em redes de TI de infraestrutura crítica dos EUA em preparação para um possível confronto com os Estados Unidos, afirmou na sexta-feira (24) uma importante autoridade americana de cibersegurança.
Morgan Adamski, diretora executiva do Comando Cibernético dos EUA, disse que as operações cibernéticas ligadas à China têm como objetivo obter vantagem no caso de um grande conflito com os Estados Unidos.
Autoridades alertaram que hackers vinculados à China comprometeram redes de TI e adotaram medidas para realizar ataques disruptivos em caso de conflito. Suas atividades incluem acessar redes-chave para possibilitar potenciais interrupções, como manipular sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado em salas de servidores, ou prejudicar controles essenciais de energia e água, segundo autoridades americanas mencionadas no início deste ano.
Adamski falou aos pesquisadores durante a conferência de segurança Cyberwarcon, realizada em Arlington, Virgínia. Na quinta-feira (23), o senador Mark Warner, da Virgínia, disse ao Washington Post que um ataque suspeito vinculado à China contra empresas de telecomunicações dos EUA foi o maior já registrado na história do setor no país.
Essa operação de espionagem cibernética, apelidada de “Salt Typhoon”, incluiu o roubo de dados de registros de chamadas, comprometimento das comunicações de altos funcionários das duas principais campanhas presidenciais americanas antes da eleição de 5 de novembro, e informações de telecomunicações relacionadas a solicitações de aplicação da lei nos EUA, segundo o FBI.
O FBI e a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês) estão fornecendo assistência técnica e informações aos potenciais alvos, afirmou o órgão.
Adamski declarou na sexta-feira que o governo dos EUA realizou “atividades globalmente sincronizadas, tanto ofensivas quanto defensivas, focadas em degradar e interromper operações cibernéticas da República Popular da China (RPC) em todo o mundo”.
Exemplos públicos incluem a exposição de operações, sanções, acusações criminais, ações de aplicação da lei e alertas de segurança cibernética, com contribuições de vários países, acrescentou Adamski.
Pequim nega rotineiramente realizar operações cibernéticas contra entidades americanas. A embaixada chinesa em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.