Por Paul Huang, Epoch Times
O bilionário chinês exilado Guo Wengui disse anteriormente que o regime chinês realiza operações secretas que buscam fundamentalmente subverter as instituições políticas e o modo de vida dos Estados Unidos a partir de dentro.
O ex-magnata dos negócios e desenvolvedor imobiliário foi listado em 2014 pelo Relatório Hurun como a 74ª pessoa mais rica da China. Depois de se desentender com membros da liderança do Partido Comunista Chinês, Guo foi acusado de corrupção e outros delitos e forçado a fugir da China. Ele foi para os Estados Unidos no final de 2014.
Guo agora reside numa cobertura de luxo na cidade de Nova York, onde publica regularmente mensagens no Twitter e vídeos de transmissões ao vivo que supostamente contêm vazamentos explosivos, expondo a corrupção entre os atuais e ex-altos funcionários da liderança do regime chinês. Sua página no Twitter agora tem cerca de meio milhão de seguidores, e seus comentários diários contra o regime chinês são assistidos por um grande número de internautas chineses que seguem ansiosamente suas últimas alegações.
Numa coletiva de imprensa realizada no ano passado, Guo publicou um documento da Comissão Central de Segurança Nacional do Partido Comunista Chinês que supostamente ordenou que a divisão de inteligência do regime, o Ministério de Segurança do Estado (MSS), enviasse 27 espiões adicionais para os Estados Unidos para realizar missões contra Guo Wengui e outros dissidentes chineses.
A ordem é supostamente parte de um esforço maciço do regime chinês para se infiltrar e minar os Estados Unidos a partir de dentro. “Os plutocratas na China estão implementando operações abrangentes de ‘AOA’ contra os Estados Unidos”, disse Guo Wengui.
Guo Wengui já havia discutido no Twitter e em seus vídeos o que ele chama de operações “AOA” ou “Azul, Ouro, Amarelo”. Azul significa internet, ouro significa dinheiro e amarelo significa sedução sexual. De acordo com Guo, espiões do regime chinês têm usado tanto a internet (hacking), dinheiro, sedução sexual ou uma combinação dos três para comprometer e controlar instituições americanas e cidadãos americanos.
A autenticidade do documento não pôde ser verificada independentemente, embora Guo Wengui tenha alegado que as agências de inteligência norte-americanas confirmaram que é real. “O que os Estados Unidos devem fazer é agir, em vez de apenas falar com a cleptocracia chinesa”, afirmou Guo.
Muitos dos vazamentos e alegações anteriores de Guo Wengui foram questionados por outros dissidentes, que dizem que Guo só busca publicidade para si mesmo e para atacar seus inimigos pessoais na China usando documentos pobremente fabricados. Guo respondeu dizendo que ele tinha acesso aos documentos e segredos que está vazando porque já foi um membro confiável da elite dominante do regime chinês.
Esforços para silenciar Guo
Anteriormente, Guo Wengui estava agendado para falar no Instituto Hudson, um grupo de reflexão (think tank) de Washington, D.C., no que teria sido sua primeira aparição pública desde o exílio. O evento, no entanto, foi cancelado abruptamente pelo grupo sem declarar qualquer motivo. O Instituto Hudson não respondeu aos pedidos do Epoch Times para comentários.
Em resposta, os partidários de Guo Wengui, incluindo o dissidente chinês Yang Jianli e Bill Gertz, editor sênior do Washington Free Beacon, organizaram rapidamente uma nova coletiva de imprensa no Clube Nacional de Imprensa. Guo afirmou que a decisão do Instituto Hudson de cancelar o evento fornece mais uma prova de que a influência subversiva do regime chinês alcançou os think tanks norte-americanos e além.
Yang Jianli disse que hackers atacaram os computadores ou a rede do Instituto Hudson antes da decisão do think tank de cancelar o evento. Yang disse que seu próprio celular também foi atacado e desativado.
Bill Gertz relatou no Free Beacon que Guo Wengui foi alvo de uma “extensa campanha do regime chinês para silenciá-lo e intimidá-lo”.