Enquanto os protestos continuam em toda a China contra as duras políticas da COVID-zero, e a polícia responde com força notável, um grupo bipartidário de senadores dos EUA enviou uma carta contundente ao embaixador de Pequim em Washington, Qin Gang, alertando sobre “graves consequências para a relação EUA-China” se o regime comunista realizar uma repressão nos moldes do massacre da Praça Tiananmen em 1989.
Um dos principais signatários, o senador Dan Sullivan (R-Alaska), disse em um comunicado que acompanha a publicação da carta, em 1º de dezembro, de que a resposta do mundo aos esforços de Pequim para reprimir os protestos foi “morna na melhor das hipóteses”. Portanto, Sullivan e os outros signatários viram a necessidade de falar e alertar Pequim sobre o que aconteceria se não respeitasse o direito dos cidadãos de sinalizar sua oposição às severas políticas contra COVID, que privaram milhões de chineses da liberdade de movimento e outros direitos básicos.
A carta enfatiza o caráter não violento dos protestos que ocorrem na China, insinuando que qualquer conduta abusiva e violenta por parte das forças do regime será ilegal e antiética.
“Estamos acompanhando com muito cuidado os atuais protestos pacíficos na China contra as políticas de seu governo. Também estamos observando de perto a reação do Partido Comunista Chinês (PCCh) a eles”, afirma a carta.
A carta continua lembrando o embaixador Gang sobre os notórios eventos de junho de 1989, que atraíram a condenação mundial e se tornaram sinônimo de força excessiva por parte de um regime autoritário.
“Em 1989, o Partido Comunista Chinês e o Exército de Libertação Popular empreenderam uma violenta repressão aos estudantes chineses que protestavam pacificamente, matando centenas, senão milhares”, afirma a carta, antes de emitir um alerta severo.
“Advertimos o PCCh nos termos mais fortes possíveis para não empreender mais uma vez uma repressão violenta contra manifestantes chineses pacíficos que simplesmente querem mais liberdade. Se isso acontecer, acreditamos que haverá graves consequências para a relação EUA-China, causando danos extraordinários a ela”, conclui a carta.
Em uma ilustração da natureza bipartidária desse gesto, os dois nomes no topo da lista de signatários são os de Sullivan, que faz parte do Comitê de Serviços Armados do Senado, e o senador Jeff Merkley (D-Ore.), que preside Comitê Executivo do Congresso sobre a China. O resto dos signatários são principalmente republicanos, com alguns democratas proeminentes na mistura, incluindo Sens. Tim Kaine, da Virgínia, Richard Blumenthal, de Connecticut, e Jack Reed, de Rhode Island.
O Epoch Times entrou em contato com a Embaixada da China em Washington para comentar.
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