Por EFE
Washington, 14 abr – A economia mundial sofrerá retração de 3% em 2020 por causa do impacto provocado pela pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, segundo aponta o novo informe de Perspectivas Econômicas Mundiais do Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta terça-feira.
De acordo com documento, os Estados Unidos terão contração de 5,9%, enquanto a China crescerá apenas 1,2%. O Brasil, de acordo com os prognósticos da instituição, terá o Produto Interno Bruto (PIB) reduzido em 5,3%.
Segundo o informe de Perspectivas Econômicas Mundiais, o cenário é de “aguda” retração da economia mundial que, resultará em resultados piores aos da crise financeira de 2008 e 2009.
A derrubada será generalizada, segundo o FMI, já que os prognósticos apontam para queda de 6,5% no Reino Unido; 5,5% na Rússia; 5,2% no Japão; 2,3% na Arábia Saudita, entre outros.
Na América do Sul, o Equador sofrerá retração de 6,3%; a Argentina de 5,7%, o Chile de 4,5%. Já na Venezuela, a situação é bem mais grave, com perda de 15% do PIB neste ano.
O ano só terá crescimento positivo, embora com índices muito menores aos dos últimos anos, para China, com 1,2%, e Índia, com 1,9%.
As previsões do FMI apontam para uma recuperação gradual em 2021, a medida em que a pandemia for contida. Inicialmente, a estimativa é de um crescimento global de 5,8%.
“A evolução dependerá das mudanças de comportamento dos consumidores, do drástico ajuste dos mercados financeiros, das perdas de produtividade, da confiança dos consumidores e a extrema volatilidade dos preços das matérias primas”, diz o texto.
O FMI realiza nesta semana, junto com o Banco Mundial, a tradicional assembleia de primavera, mas utilizando um formato virtual para o encontro, justamente, por causa do novo coronavírus.