O surto de COVID está sobrecarregando as funerárias em Xangai. Mas um pequeno grupo de pessoas está lucrando com a situação, vendendo espaços para cremação superfaturados. A NTD, mídia irmã do Epoch Times, conseguiu informações exclusivas ligando para as funerárias através da equipe chinesa de jornalismo.
No último dia de 2022, uma frase começou a viralizar na rede social chinesa Weibo, ela dizia: “Polícia de Xangai, acabe com os cambistas de funerais”.
Segundo relatos, esses cambistas negociam serviços funerários on-line, mas cobram uma taxa extra de serviço de 50% ou mais. Outros entram na fila para conseguir vagas abertas e depois as revendem por centenas de dólares.
Como os crematórios em Xangai estão sobrecarregados, as famílias dos falecidos estão acumulando atrasos e filas extensas, com muitos tentando garantir alguma vaga às três da manhã.
Uma funerária relatou que costumava cremar no máximo 90 corpos por dia – agora esse número alcançou a marca de mais de 400.
Ligamos para duas outras funerárias para perguntar sobre horários.
Enquanto isso, os pacientes estão inundando hospitais em Xangai.
“Os hospitais estão cheios de gente. Basicamente, todos os equipamentos médicos disponíveis estão em uso e muitas pessoas estão dormindo no chão, porque não há mais leitos.” Declarou Zhou, moradora de Xangai.
Segundo a mídia “The Paper”, um funcionário de um hospital de Xangai disse que os casos de emergência dobraram, agora chegando a 1.500 casos por dia. Desses, entre 40 e 50% são idosos.
Outro hospital citou longos tempos de espera para registro. “Certamente, há uma longa espera. Muitas pessoas vêm à clínica de febre 24 horas por dia.” disse uma funcionária do hospital Pudong, de Xangai.
Cenários parecidos estão acontecendo em outras cidades chinesas, incluindo Pequim, Wuhan, Nanjing, Chengdu e Guangzhou.
Recentemente a China reconheceu oficialmente apenas cerca de uma dúzia de mortes relacionadas à COVID-19. Mas segundo a empresa de pesquisa Airfinity, de Londres, o número cumulativo de mortes pode ter chegado a 160 mil desde 1º de dezembro.
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