O Ministério Público Supremo Popular da China ordenou, nesta quarta-feira (28), a detenção de Wang Yilin, ex-presidente da Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC), por suspeita de ter aceitado propinas durante sua gestão à frente da empresa.
Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério Público, a detenção de Wang ocorre após uma exaustiva investigação realizada pela Comissão Nacional de Supervisão, principal órgão anticorrupção do Estado chinês.
O caso, uma vez investigado, foi transferido para o Ministério Público para análise e eventual processo, informou hoje a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
Wang, que dirigiu a empresa de 2015 a 2018, também foi ex-secretário do Comitê do Partido Comunista Chinês (PCCh), da CNPC, antes de ser expulso no final de julho, em meio a um processo disciplinar que revelou seu suposto envolvimento em atos de corrupção.
Ele agora enfrenta um processo judicial que continua em andamento após o mandado de prisão expedido pelo Ministério Público Supremo.
Wang é um dos últimos nomes da campanha anticorrupção que as autoridades chinesas têm realizado no setor financeiro, ativa há anos e que até agora resultou na acusação de numerosos responsáveis de entidades reguladoras e altos executivos de empresas e bancos.
Depois de chegar ao poder em 2012, o atual secretário-geral do PCCh e líder do país, Xi Jinping, iniciou uma campanha anticorrupção na qual vários altos funcionários chineses foram condenados por aceitarem propinas de milhões de dólares.
Embora esta iniciativa, um dos principais programas de Xi, tenha descoberto casos importantes de corrupção dentro do PCCh, algumas pessoas sugeriram que também poderia ser usada para acabar com as carreiras políticas de alguns dos seus críticos.