Por EFE
Os Estados Unidos consideraram nesta quinta-feira que o relatório sobre a política do governo chinês na região de Xinjiang e com a etnia uigur reforça sua preocupação com “o genocídio e os crimes contra a humanidade” que a China está cometendo ali e pediram ao país que pare com essas “atrocidades”.
O conteúdo do documento divulgado na noite de quarta-feira pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, “aprofunda nossa grave preocupação com o persistente genocídio e os crimes contra a humanidade que a China está perpetrando”, afirmou em entrevista coletiva a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
Esse relatório apontou que o Executivo chinês pode ter cometido crimes contra a humanidade contra os uigures e outras minorias étnicas muçulmanas, aplicando políticas que envolveram detenções arbitrárias em massa e outros graves abusos.
“Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com nossos parceiros e a comunidade internacional para que a China preste contas”, acrescentou a porta-voz.
Os Estados Unidos também sinalizaram sua intenção de pedir ao país que “cesse imediatamente essas atrocidades, liberte os detidos de forma injusta, responda pelos desaparecidos e forneça aos investigadores independentes acesso total e sem impedimentos a Xinjiang, ao Tibete e a toda China”.
A porta-voz lembrou que os Estados Unidos já tomaram medidas anteriores contra os fatos denunciados, como o reforço das restrições à concessão de vistos, sanções financeiras e controles sobre exportações e importações.
Jean-Pierre destacou que o presidente Joe Biden se juntou a seus aliados, incluindo o restante dos países do G7, para tentar garantir que as cadeias de suprimentos globais estejam livres do uso de trabalho forçado, inclusive o realizado naquela região.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, expressou-se no mesmo sentido, pedindo à China que preste contas dos “crimes contra a humanidade” ocorridos na região.
“Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com nossos parceiros, a sociedade civil e a comunidade internacional para buscar justiça e prestação de contas pelas muitas vítimas”, declarou Blinken em comunicado.
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