EUA acusam chinesas Alibaba e Tencent de permitirem pirataria

Por Agência de Notícias
01/02/2023 11:49 Atualizado: 01/02/2023 11:50

As gigantes tecnológicas chinesas Alibaba e Tencent estão na lista de empresas cúmplices da pirataria divulgada nesta terça-feira (31) pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos, lista que a China continua a encabeçar.

Os produtos falsificados e pirateados provenientes da China representaram 75% do valor (medido pelo preço de varejo sugerido pelo fabricante) dos itens dessas categorias apreendidos pela agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês) em 2021.

A atualização do “Relatório de mercados mais notórios de falsificações e pirataria” detalha uma série de empresas cúmplices da pirataria física e digital, incluindo produtos culturais, como filmes e música.

Entre elas estão as já mencionadas empresas chinesas, duas das principais potências tecnológicas do país asiático.

De acordo com o relatório, o WeChat, aplicativo da Tencent (semelhante ao WhatsApp, mas com múltiplas funcionalidades), é “uma das maiores plataformas para produtos falsificados na China”.

Embora a Tencent o descreva como uma “ferramenta de comunicação social e plataforma de publicação de informação”, o WeChat “fornece um ecossistema de comércio eletrônico que facilita a distribuição e venda de produtos falsificados aos usuários da plataforma global do WeChat”, afirmam os EUA.

Tudo isto graças a funcionalidades como os vídeos curtos nos canais do WeChat para anunciar produtos falsificados diretamente aos consumidores, que podem adquirir os itens através de um “carrinho de compras” existente no app.

“Os esforços da Tencent para combater a falsificação no ecossistema do comércio eletrônico do WeChat têm sido inadequados”, diz o relatório.

Os EUA também denunciam o grupo Alibaba e a sua plataforma global, AliExpress, assim como a também chinesa Taobao, uma das maiores plataformas de comércio eletrônico do mundo.

Ambas são plataformas de comércio eletrônico que ligam consumidores de todo o mundo com vendedores sediados na China.

Embora o Alibaba “seja conhecido pelos seus processos e sistemas antifalsificação que se encontram entre os melhores da indústria do comércio eletrônico”, segundo o relatório, a realidade é bastante diferente e há “uma onipresença de produtos falsificados na plataforma”.

“AliExpress é um distribuidor dominante de produtos falsificados para os mercados online nos EUA e em outros países”, afirma.

Tudo devido a falhas, como a contínua falta de verificação eficaz dos vendedores e o controle dos infratores reincidentes.

O Escritório da Representante Comercial dos EUA, liderado por Katherine Tai, observa que embora a venda e distribuição de mercadorias falsificadas e pirateadas online seja “uma preocupação crescente”, os mercados físicos continuam a permitir um comércio sustentado de mercadorias falsas e pirateadas.

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