Por EFE
Nova Iorque, 21 mar – O estado de Nova Iorque já contabiliza 10.356 casos de Covid-19 e corre para aumentar o número de leitos hospitalares para 75 mil e comprar máscaras para prestadores de serviços médicos, informou o governador Andrew Cuomo neste sábado.
Cuomo também anunciou que 1 milhão de máscaras serão enviadas à cidade de Nova Iorque, que, com um total de 6.211 casos, é a mais afetada pela doença no estado. Outras 500 mil terão como destino a vizinha Long Island, que tem mais de 1.500 casos.
As 2 milhões restantes serão distribuídas por todo o estado, que desde ontem relatou 35 mortes pela Covid-19.
“A comunidade médica me disse que as máscaras são uma prioridade. Não temos máscaras para atender a necessidade do estado”, disse o governador.
Cuomo advertiu que 54% das novas infecções estão entre pessoas de 18 a 49 anos, às quais reiterou a necessidade de seguir as regras impostas para evitar a propagação, como manter uma distância de dois metros entre si.
O governador também afirmou que quatro instalações podem ser convertidas em hospitais para atender à demanda de leitos, incluindo centros de convenções em Manhattan e Westchester County e dois campi universitários. Também foi solicitado ao Exército a montagem de hospitais de campanha. A meta é aumentar o número de leitos disponíveis para atendimento de pacientes no estado de 50 mil para 75 mil.
“Tudo o que pode ser feito está sendo feito”, disse o governador, que também informou que o estado está comprando 6 mil ventiladores para serem enviados aos locais com os casos mais críticos.
Ainda segundo Cuomo, há uma estimativa de que, se o vírus continuar avançando no ritmo atual, pode infectar de 40% a 80% da população, o que, no caso do estado, representaria de 7,8 milhões a 15,6 milhões de pessoas.
O anúncio do governador foi feito um dia depois de ele aumentar as medidas para evitar que o vírus continue a se espalhar pelo estado.
O plano foi batizado por ele como “Nova Iorque em Pausa” e entrará em vigor amanhã. Entre as medidas estão fazer com que 75% dos trabalhadores fiquem em casa e que apenas fiquem abertos estabelecimentos comerciais indispensáveis, como mercados e farmácias.
