Matéria traduzida e adaptada do inglês, originalmente publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O primeiro oficial da inteligência comunista chinesa a ser extraditado para os Estados Unidos foi condenado em 16 de novembro a 20 anos de prisão federal.
Xu Yanjun, 42 anos, foi considerado culpado em novembro de 2021, de liderar uma rede de agentes chineses que visava empresas de aviação dos EUA, recrutando seus funcionários para viajar à China e solicitando informações proprietárias em nome do Partido Comunista Chinês (PCCh).
Xu, que havia se declarado inocente, foi condenado por todas as acusações em um tribunal federal após um julgamento que durou quase três semanas, de acordo com uma declaração do Departamento de Justiça.
“Conforme comprovado no julgamento, o réu, um oficial de inteligência do governo chinês, usou uma série de técnicas para tentar roubar tecnologia e informações proprietárias de empresas sediadas nos EUA e no exterior”, disse o procurador-geral Merrick Garland no comunicado.
“A sentença de hoje demonstra a gravidade desses crimes e a determinação do Departamento de Justiça em investigar e processar os esforços do governo chinês, ou de qualquer potência estrangeira, para ameaçar nossa segurança econômica e nacional.”
Xu é o primeiro agente de inteligência chinês a ser extraditado para os Estados Unidos para ser julgado, tendo sido transferido da Bélgica em 2018, depois que um engenheiro que ele tinha como alvo para recrutamento cooperou com o FBI para atraí-lo para o país europeu.
“Esse caso envia uma mensagem clara: responsabilizaremos qualquer pessoa que tente roubar segredos comerciais americanos”, disse o procurador dos EUA, Kenneth Parker, no comunicado.
“Xu conspirou para roubar a ciência e a tecnologia americanas. Graças ao trabalho diligente do FBI, da GE Aviation e da nossa equipe de julgamento, ele passará décadas na prisão federal.”
Xu é agente do Estado desde 2003, e os promotores no julgamento exibiram uma imagem do cartão de filiação de Xu ao Partido Comunista Chinês tirada de seu telefone após sua prisão. Ele subiu gradualmente ao posto de vice-diretor da divisão no Ministério da Segurança do Estado (MSS, na sigla em inglês) chinês, a agência de inteligência e segurança da China.
De acordo com os documentos do tribunal e o testemunho do julgamento, a partir de pelo menos dezembro de 2013, Xu teve como alvo empresas específicas nos Estados Unidos e no exterior que são reconhecidas como líderes no campo da aviação. O esquema foi executado com total coordenação entre o MSS e as entidades de aviação da China.
“O governo chinês encarregou um funcionário de seu serviço de espionagem de roubar segredos comerciais dos EUA para que pudesse avançar em seus próprios esforços de aviação comercial e militar, às custas de uma empresa americana”, disse o diretor do FBI, Christopher Wray, no comunicado.
“Essa ação descarada mostra que o governo chinês não vai parar por nada para colocar nossas empresas fora do mercado em detrimento dos trabalhadores dos EUA. Enquanto o governo chinês continuar a violar nossas leis e ameaçar a indústria e as instituições americanas, o FBI trabalhará com seus parceiros em todo o mundo para levar os responsáveis à justiça.”