O diretor da CIA, Bill Burns, fez uma viagem secreta à China no mês passado, a primeira dele ao país asiático desde que assumiu o cargo, informou a imprensa americana nesta sexta-feira.
De acordo com um funcionário do governo americano citado pela rede de televisão NBC News, Burns foi a Pequim para se reunir com autoridades chinesas “para enfatizar a importância de manter abertas as linhas de comunicação e os canais de inteligência”.
Outro funcionário disse à CNN que a viagem era para contatos de inteligência, e não uma missão diplomática.
A visita coincide com os contatos que as autoridades americanas e chinesas tiveram nas últimas semanas para diminuir as tensões bilaterais, depois que um suposto balão espião chinês foi detectado cruzando o continente americano no final de janeiro.
Na semana passada, o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, reuniu-se com a secretária do Comércio americana, Gina Raimondo, e com a representante comercial Katherine Tai em Washington e Detroit, respectivamente.
No início de maio, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, reuniu-se em Viena com o diplomata-chefe da China, Wang Yi, em um sinal de aproximação.
Apesar desses contatos, o Pentágono informou na segunda-feira que a China havia rejeitado uma proposta dos EUA de realizar uma reunião presencial entre o secretário de Defesa, Lloyd Austin, e o ministro chinês da mesma área, Li Shangfu, nesta semana em um fórum em Singapura.
Um dia depois, o Departamento de Defesa americano alegou que, no final de maio, um caça chinês realizou manobras “desnecessárias” e “agressivas” para interceptar uma aeronave de reconhecimento dos EUA no Mar do Sul da China.
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