Dia Mundial do Falun Dafa começa com meditação e apresentações culturais em Nova York

12/05/2017 01:41 Atualizado: 12/05/2017 02:05

NOVA YORK – Cerca de mil praticantes do Falun Dafa convergiram na praça Union Square em Manhattan, no dia 11 de maio, para dar início às festividades do Dia Mundial do Falun Dafa. Foi uma ocasião para entreter, meditar e introduzir essa prática para os transeuntes.

Falun Dafa, ou Falun Gong, é uma tradicional disciplina espiritual chinesa que envolve quatro exercícios em pé e meditação sentada. A prática é regida pelos princípios da verdade, compaixão e tolerância, com os quais seus praticantes se esforçam para aplicar em sua rotina diária.

Praticantes em Nova York e em todo o mundo geralmente realizam atividades em torno de 13 de maio para marcar o Dia Mundial de Falun Dafa. O fundador do Falun Dafa, Sr. Li Hongzhi, primeiro ensinou publicamente a prática em 13 de maio de 1992.

Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)

Mais de 10 mil praticantes de 57 países estarão participando de vários eventos na região de Nova York de 11 a 14 de maio.

Na quarta-feira (11) praticantes vestidos com jaquetas amarelas e azuis se reuniram na Union Square para realizar os exercícios da prática por cerca de duas horas. Os praticantes eram principalmente de Nova York e Nova Jersey, mas também foram acompanhados aqueles oriundos da China, Taiwan, Vietnã, Finlândia, Israel, Rússia, Brasil, Argentina entre outros países.

Pouco depois do meio-dia, o condutor da banda ‘Tian Guo Marching Band’ deu início as apresentações culturais tocando quatro músicas. Performances musicais se seguiram com: coro, instrumentos chineses como a pipa (muitas vezes chamado de alaúde chinês), vilão, teclado e oboé.

As apresentações musicais foram intercaladas com performances da dança do dragão dourado e outra dança do leão, as quais fazem parte da cultura tradicional chinesa.

Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)

Durante o evento na Union Square, alguns praticantes utilizaram a oportunidade para distribuir folhetos sobre a prática e informar sobre a perseguição na China.

18 anos de perseguição

Alguns médicos também estavam reunindo assinaturas para uma petição da organização não-governamental Médicos Contra a Colheita Forçada de Órgãos (Doctors Against Forced Organ Harvesting – DAFOH), que pede ao regime chinês para parar de assassinar praticantes de Falun Dafa e fomentar o lucrativo comércio ilegal de órgãos no país.

O ex-líder do Partido Comunista, Jiang Zemin, prometeu eliminar o Falun Dafa na China e lançou uma brutal campanha de perseguição em 20 de julho de 1999. Praticantes que saíram dos centros de detenção e prisões do regime chinês contam que eram submetidos a exames de sangue rotineiros. Estes testes não tem nenhuma conexão aparente a nenhum tratamento médico, pois aqueles detidos são sujeitos frequentemente à tortura. Os testes de sangue, dizem os pesquisadores, são fortes evidências que sustentam as alegações de que o regime está realizando a colheita forçada de órgãos de pessoas vivas.

A perseguição ao Falun Dafa é “definitivamente errada”, disse Ronald Woodhead, um ator de televisão que passou pela Union Square e assinou a petição da DAFOH.

Woodhead tinha aprendido sobre Falun Dafa na Alemanha, onde viveu por dois anos. Woodhead ficou profundamente impressionado com os praticantes protestando pacificamente contra o regime chinês fora do consulado chinês em Munique, pois o local era próximo de seu apartamento.

“Falun Dafa não prejudica ninguém e é muito pacífico”, disse ele. “As pessoas precisam apoiar” a prática.

Andy Chen, gerente de TI que trabalha para uma empresa perto de Union Square, parou para observar os praticantes movendo lentamente os braços em movimentos circulares durante um dos exercícios de pé.

Chen tinha aprendido sobre a prática através da propaganda anti-Falun Gong do regime chinês, que se espalhou tanto dentro da China continental quanto no exterior. Depois de analisar os fatos e perceber as lacunas na propaganda do Partido Comunista Chinês, Chen percebeu qual era a verdade.

“O regime chinês está interessado apenas no materialismo, dinheiro, poder e controle”, disse Chen, um cristão fiel que imigrou para os Estados Unidos da China há cerca de duas décadas. “É claro que o regime se opõe ao Falun Dafa, uma prática tradicional e espiritual que desperta a compaixão das pessoas e aumenta sua moralidade”.

Vinte e cinco anos de Falun Gong

A campanha de perseguição estabelecida por Jiang Zemin persiste até hoje. Entretanto, o Falun Dafa resistiu aos ataque do regime chinês e isso “é impressionante e equivale a um verdadeiro fracasso do aparato repressivo do partido”, de acordo com um relatório da Freedom House de 2017 sobre a liberdade religiosa na China.

No vigésimo quinto ano desde sua introdução, a prática continua a prosperar.

Hanh Nguyen, uma praticante do Vietnã, foi um dos vários praticantes a recolher assinaturas para a petição DAFOH na Union Square. Ela começou a praticar depois de ter sido introduzida à prática por um cliente de sua antiga companhia.

“Eu me sinto muito relaxada depois de fazer a meditação sentada”, disse Hanh, que trabalha para a Intel Corporation no Vietnã. O Vietnã tem mais de 20 mil praticantes, de acordo com Hanh.

Jovens também descobriram os benefícios da prática que ajuda conter os maus hábitos da vida moderna.

Roman Ponomarev (23) aprendeu os exercícios através de seu pai em 2007, mas praticou sem muito empenho. Dois anos depois, ele decidiu ler o livro “Zhuan Falun”, o texto principal de Falun Dafa, e foi atraído para os ensinamentos que inclui princípios como primeiro olhar internamente quando surgem problemas em vez de culpar os outros.

Dentro de meio ano, Ponomarev encontrou-se curado de sua asma. Ele também parou de fumar, beber e deixou o vício aos videogames, se esforçando para ser mais sincero, compassivo e tolerante em suas relações sociais.

“Porque há tantos praticantes em Nova York agora, é um bom momento para os nova-iorquinos conheceram a prática e descobrirem o que é Falun Dafa”, disse ele.

Lista de eventos em Nova York

Quinta-feira: 11 de maio, 17:00h às 20:00h – Vigília à luz de velas do lado de fora do consulado chinês em Nova York.

Sexta-feira: 12 de maio, 9:00h às 14:00h – Comício na sede das Nações Unidas (47th Street & Second Avenue), seguido de um desfile da ONU até o consulado chinês em Nova York.

O desfile será transmitido ao vivo pela página do Facebook da New Tang Dynasty Television.

Sábado: 13 de maio, 9:00h às 13:00h – atividades em Chinatown e Brooklyn, com práticas de exercícios na Times Square em Manhattan, incluindo Bandshell Central Park, Bowling Green Park e Battery Park.

Caroline Zhang contribuiu para este artigo.

Veja mais imagens do evento:

Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
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Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
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Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
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Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
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Praticantes do Falun Dafa participam de uma atividade do Dia Mundial de Falun Dafa na Union Square, Nova York (Samira Bouaou / The Epoch Times)
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