Por Tom Ozimek
O novo coronavírus, que causa a doença COVID-19, é estável nas superfícies por horas e pode sobreviver por até três dias em algumas, de acordo com a maior agência de pesquisa biomédica do mundo.
Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) disseram em um comunicado que um novo estudo forneceu informações importantes sobre a estabilidade do SARS-CoV-2, o vírus que causa a doença respiratória potencialmente mortal.
Conclui que as pessoas podem pegar o vírus pelo ar e depois de tocar em objetos contaminados.
Através de várias experiências recentes citadas pelo NIH, os pesquisadores acompanharam a viabilidade do vírus em diferentes superfícies.
No cobre, o vírus sobreviveu apenas quatro horas, enquanto no papelão ele durou por até um dia.
Mas, em algumas superfícies, ele permaneceu ativo por muito mais tempo, os pesquisadores afirmaram que o COVID-19 é capaz de sobreviver por até três dias em plástico e aço.
Os pesquisadores disseram que, na forma de aerossol, o vírus durou três horas após ser pulverizado.
As conclusões vêm de um estudo conjunto do NIH, do Centers for Disease Control (CDC), da UCLA e da Universidade de Princeton, e foram publicadas pela primeira vez no The New England Journal of Medicine.
Os pesquisadores também descobriram que o SARS-CoV-2 tem uma estabilidade semelhante ao vírus SARS original, mas é de propagação mais rápida.
“No estudo de estabilidade, os dois vírus se comportaram de maneira semelhante, o que infelizmente não explica por que o COVID-19 se tornou um surto muito maior”, afirmou o NIH em comunicado.
O NIH, que é uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, tem a tarefa de reforçar “a capacidade da Nação de prevenir doenças”.
Ele observou no comunicado que as conclusões do estudo apoiam orientações de profissionais de saúde pública para usar precauções semelhantes às da gripe e outros vírus respiratórios para impedir a disseminação do SARS-CoV-2.
A agência diz para evitar contato próximo com as pessoas doentes e evitar tocar em seus olhos, nariz e boca.
Aconselha as pessoas a ficarem em casa quando estiverem doentes.
Plano de alívio “grande e arrojado”
O SARS-CoV-2 se originou em Wuhan, China e agora é uma pandemia global. Sua rápida disseminação tem sido o catalisador de perturbações sociais e econômicas em larga escala.
Com o número de casos relatados nos EUA de doenças respiratórias passando de 5.700 e mortes se aproximando de 100, milhões de americanos se recolheram em suas casas em vez de irem para o trabalho ou a escola.
Grandes cidades como Nova Iorque escalaram políticas de “distanciamento social” fechando escolas, bares, restaurantes e teatros.
Para ajudar a lidar com a epidemia, a Casa Branca está buscando o que o presidente Donald Trump chamou de um “grande” e “ousado” plano de alívio para o coronavírus, que vale pelo menos US$ 850 bilhões.
“Vai ser grande, ousado e o nível de entusiasmo para fazer as coisas – acho que nunca vi nada parecido com isso”, disse Trump sobre o plano em uma coletiva de terça-feira sobre a força-tarefa para o Coronavírus liderada pela Casa Branca.
O vice-presidente Mike Pence, ao lado de Trump na coletiva, disse que a Casa Branca pode determinar que as forças armadas instalem hospitais de campo em zonas de infestação do vírus, se solicitado pelos governadores estaduais, ou usar o Corp de Engenheiros do Exército para aumentar a capacidade dos hospitais existentes.
O prefeito da cidade de Nova Iorque, Bill de Blasio, disse a repórteres na terça-feira que as pessoas que moram na cidade de Nova Iorque devem estar preparadas para se abrigar nas próximas 48 horas após o surto.
De Blasio disse que planeja decidir dentro de dois dias se deve ordenar que os moradores se “protejam no local” para combater a propagação do vírus. A mudança confinaria grande parte das pessoas em suas casas na cidade, com cerca de 8,5 milhões de pessoas, mas provavelmente as deixaria fazer as viagens necessárias ao supermercado ou farmácia.
“É uma decisão muito, muito difícil”, disse de Blasio. “Nós nunca passamos por isso antes. Eu nunca ouvi falar de algo assim na história da cidade de Nova York.”
A Reuters contribuiu para esta reportagem.
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