Por Omid Ghoreishi, Epoch Times
Em 5 de maio de 1818, um homem nasceu na Alemanha cujas ideias muitas décadas após a sua morte levaram à destruição em massa de vidas e de sociedades.
Exatamente 200 anos após essa data, uma estátua de Karl Marx, dada pelo regime comunista chinês, o responsável pela morte de quase 80 milhões de pessoas, foi erguida em Trier, a cidade natal do nascimento de Marx, em meio a grandes controvérsias e protestos das vítimas de sua ideologia comunista.
Por pura coincidência, do outro lado do Atlântico, um grupo de pessoas, entre elas políticos e estudiosos, reuniu-se no mesmo dia na Universidade de Toronto para marcar a publicação de um livro do Epoch Times, intitulado “O objetivo final do comunismo.”
Publicado 14 anos após o Epoch Times lançar sua primeira série editorial inovadora, os “Nove Comentários sobre o Partido Comunista“, o novo livro analisa as origens do comunismo, sua natureza e seu destino.
Num painel de discussão após o lançamento do livro, Peter Kent, um parlamentar canadense e ex-ministro, leu o parágrafo inicial dos “Nove Comentários” para definir o tom da discussão.
“Mais de uma década após a queda da União Soviética e dos regimes comunistas do Leste Europeu, o movimento comunista internacional tem sido repudiado no mundo todo. A desaparição do Partido Comunista Chinês, principal referência do comunismo remanescente, é apenas uma questão de tempo”, leu Kent.
“Isso é importante [e] porque estamos todos aqui hoje”, disse ele à audiência, “para discutir quando essa morte pode ocorrer, como essa morte pode ocorrer, o que acontece nesse meio tempo, o que o Canadá deveria fazer ou o que o Canadá pode ter que fazer em termos de sua política externa.”
“O objetivo final do comunismo” é atualmente publicado em chinês. Um novo segmento da série sobre o impacto global do comunismo será publicado em breve em inglês.
‘A morte final do comunismo chinês’
Pouco depois de o Epoch Times ter publicado os “Nove Comentários” em 2004, ele começou a receber declarações de pessoas anunciando suas renúncias ao Partido Comunista Chinês e a suas organizações afiliadas, ou seja, os Jovens Pioneiros Comunistas e a Liga da Juventude Comunista.
Hoje, o Tuidang, que se traduz como “retirar-se do Partido” em chinês, se transformou num grande movimento popular, com mais de 300 milhões de pessoas já tendo anunciado suas desistências. Esse número cresce no ritmo de dezenas de milhares todos os dias.
“Bravo, parabéns e obrigado ao Centro Tuidang, bem como aos meus amigos do Epoch Times”, disse Consiglio Di Nino, um senador canadense aposentado que serviu no Senado de 1990 a 2012.
“Eu acho que [o Tuidang] é realmente a resposta.”
O Dr. Michael Bonner, um estudioso da história, disse que, para muitos chineses, os “Nove Comentários” foram sua primeira exposição aos crimes do comunismo.
“O fenômeno Tuidang acelerou isso e hoje 300 milhões de pessoas renunciaram ao Partido Comunista”, disse ele.
“O ex-presidente polonês Lech Walesa chamou o movimento Tuidang de ‘tsunami da história’ e um ‘espírito de liberdade e verdade’. É tentador pensar que estamos testemunhando a morte final do comunismo chinês.”
‘Inimigo gigante’
O painel também ouviu do Dr. Frank Xie, professor-assistente da Faculdade de Administração de Empresas da Universidade da Carolina do Sul.
Xie explicou como o regime chinês usa táticas comerciais injustas para manter enormes superávits comerciais ao lidar com países como os Estados Unidos e o Canadá, de modo que a China possa continuar acumulando vastas reservas em moeda estrangeira. O acúmulo dessas reservas é o que dá ao Partido Comunista Chinês os recursos para reprimir e perseguir seu próprio povo.
“O povo chinês não acredita mais no comunismo, … e basicamente o que o regime está fazendo é apenas um bando de pessoas imorais que querem continuar mantendo seu próprio poder.”
Sheng Xue, uma jornalista e ativista chinesa-canadense, descreveu o sofrimento do povo chinês que vive com medo do regime, mesmo depois de se mudar para o exterior.
“Estamos morando no Canadá, mas não podemos desfrutar plenamente [a vida] porque temos um inimigo gigante atrás de nós”, disse ela.
“Se eles não são libertados do medo, eles [não podem viver como] seres humanos.”
É por isso que, disse ela, “o mundo inteiro tem a responsabilidade” de garantir que os chineses fiquem livres desse terror.
“O povo chinês não pode fazer isso sozinho.”