Desde a última década, a trágica notícia da extração de órgãos de “doadores” vivos chocou milhões de pessoas ao redor do mundo. Estima-se que a China tenha ganho bilhões de dólares extraindo corações, fígados e rins de pessoas de fé, saudáveis e vivas; especialmente daqueles que praticam o sistema de meditação chamado Falun Gong. Evidências emergentes sugerem que por causa desse crime horrível, inúmeras pessoas inocentes foram mortas por seus órgãos.
Falun Gong (também conhecido como Falun Dafa) é uma disciplina espiritual baseada nos princípios universais de Verdade, Compaixão e Tolerância. Consiste de cinco exercícios suaves com uma meditação sentada. A prática foi apresentada pela primeira vez ao público em 1992 e em pouco tempo tornou-se imensamente popular, tanto que entre 70 a 100 milhões de pessoas praticavam os exercícios de meditação em 1999 apenas na China.
O rápido crescimento desse movimento espiritual pacífico alarmou o Partido Comunista Chinês (PCC) e, com medo da sua popularidade aliado ao fato da supremacia ideológica do regime ser baseada no ateísmo, o regime comunista anunciou ilegalmente a proibição do Falun Gong em 1999 e deu então início a uma perseguição cruel contra os milhões de praticantes da disciplina.
Nos últimos 18 anos, os praticantes do Falun Gong na China foram forçados a renunciar à sua crença espiritual enraizada nos valores morais de Verdade, Compaixão e Tolerância, e quando não concordaram com isso, eles “desapareceram”. Em 2006, foram publicados relatórios chocantes que sugeriam claramente que praticantes do Falun Gong, supostamente “desaparecidos”, foram na realidade assassinados pelo PCC com a finalidade de extrair seus órgãos vitais. Os lucros gerados por este comércio de órgãos antiético foram estimados em bilhões de dólares.
A Coalizão para Investigar a Perseguição do Falun Gong na China (CIPFG, na sigla em inglês) foi criada em 2006 para investigar a prisão, tortura, assassinato e retirada de órgãos de praticantes do Falun Gong pelo regime chinês. David Kilgour, ex-secretário de Estado do Canadá para a Ásia-Pacífico, e David Matas, renomado advogado internacional de direitos humanos, foram convidados a investigar as denúncias de extração forçada de órgãos: os especialistas concordaram em investigar minuciosamente e expor este horrendo genocídio.
Em 20 de julho de 2006, Matas e Kilgour apresentaram os resultados de sua investigação em um documento intitulado “Relatório sobre denúncias de extração de órgãos de praticantes do Falun Gong na China”.
“Com base no que sabemos agora, chegamos à lamentável conclusão de que as denúncias são verdadeiras. Acreditamos que houve, e continua havendo, a retirada forçada de órgãos em grande escala de praticantes do Falun Gong”, disseram os especialistas em seu relatório.
“Chegamos à conclusão de que o partido comunista da China e suas agências em muitas partes do país, particularmente nos hospitais, mas também em centros de detenção e ‘tribunais populares’, assassinaram desde 1999 um grande porém desconhecido número de prisioneiros de consciência do Falun Gong. Seus órgãos vitais, incluindo rins, fígados, córneas e corações, foram extraídos à força e vendidos a preços elevados, às vezes para estrangeiros que normalmente enfrentam longas filas de espera de doações voluntárias desses órgãos em seus países de origem”.
Após quase seis meses de pesquisa contínua, Matas e Kilgour publicaram um relatório, revisado em 31 de janeiro de 2007. O relatório contém 16 novas provas e inclui entrevistas com destinatários de órgãos, bem como sobre o grande número de praticantes torturados ou desaparecidos, relata a construção em larga escala de centros de transplante de órgãos na China e a obtenção de benefícios relacionados ao sistema militar e médico do país.
Em 2009, a pesquisa alcançou outro marco quando os especialistas publicaram uma versão atualizada do relatório no livro Bloody Harvest, The killing of Falun Gong for their organs (Colheita sangrenta: o assassinato de praticantes do Falun Gong para retirada de seus órgãos).
Foi o primeiro livro a revelar o horrível crime de extração de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong na China. A obra contém materiais não publicados anteriormente. Está dividido em duas seções: a primeira seção expõe as evidências e a segunda seção detalha as reações recebidas no relatório final, bem como algumas sugestões sobre como acabar com a prática de usar “doadores” de órgãos vivos na China.
As denúncias que constam do relatório sobre crimes de retirada de órgãos, sancionadas pelo regime comunista na China, receberam considerável cobertura da mídia, particularmente no Canadá, Europa e Austrália. Como resultado, os governos de vários países endureceram a vigilância contra as práticas de turismo de transplantes. Por seus esforços significativos e louváveis, Kilgour e Matas receberam o Prêmio de Direitos Humanos 2009 da Sociedade Internacional de Direitos Humanos com sede na Alemanha, e também foram nomeados para o Prêmio Nobel da Paz 2010.
Se você quer ajudar a combater a retirada forçada de órgãos, assine a Petição às Nações Unidas.
Falun Dafa (também conhecido como Falun Gong) é um sistema de meditação com foco na melhora pessoal e baseado nos princípios universais de Verdade, Compaixão e Tolerância. Foi apresentado ao público pelo Sr. Li Hongzhi em 1992 na China. Atualmente, é praticado por mais de 100 milhões de pessoas em 114 países. Mas este sistema pacífico de meditação está sendo brutalmente perseguido na China desde 1999. Para mais informações, visite: falundafa.org e faluninfo.org
Leia também:
• Como um enorme esquema em pirâmide fraudou milhões na China
• Petição exorta líder chinês a acabar com extração forçada de órgãos na China
• Marcas chinesas de alimentos para bebês são reprovadas em inspeção nacional de segurança alimentar