Uma operação maciça de lavagem de dinheiro e transferência de fundos para fora da China foi recentemente descoberta na cidade de Shaoguan, província de Guangdong, Sul da China.
Em 22 de novembro, a Xinhua, uma mídia estatal porta-voz do regime, informou que operações problemáticas do sistema bancário paralelo foram descobertas envolvendo mais de 20 bilhões de yuanes (cerca de US$ 3 bilhões), 148 contas fraudulentas e mais de 10 mil clientes em mais de 20 províncias do país. Sete suspeitos foram presos.
As autoridades chinesas identificaram essas operações pela primeira vez em julho, quando observaram atividades suspeitas numa filial de um banco estatal em Shaoguan. A conta bancária que investigavam, aberta sob o sobrenome Zhong, mostrava 121 transações em 2016 em que o dinheiro foi adicionado e removido num curto prazo, somando 98 milhões de yuanes (aproximadamente US$ 14,8 milhões).
Reportagens mostram que os residentes chineses ainda estão tentando retirar seu dinheiro do país, um fenômeno que tem ocorrido há anos. Os bancos paralelos também são um meio comum usado por funcionários corruptos para canalizar seus ativos para o exterior.
Em 2015, o regime chinês reprimiu essas operações em todo o país, na tentativa de estabilizar a economia e evitar que sua moeda (chamada yuan ou renminbi) se desvalorizasse.
No entanto, revelações sobre os bancos paralelos continuam a aparecer na imprensa periodicamente. No início deste ano, bancos paralelos foram identificados em diversas cidades da província de Guangdong, bem como na cidade de Yangzhou, província de Jiangsu, negociando com centenas de milhões de yuanes.
De acordo com dados oficiais, as autoridades chinesas descobriram mais de 380 agências paralelas fazendo lavagem de dinheiro no ano passado, totalizando 900 bilhões de yuanes (cerca de US$ 13 bilhões) em transações.