Chinesa é sentenciada a sete anos de prisão após detenção através de identificação escaneada

Desde a prisão de Cai, seu esposo protocolou diversas queixas junto a diversas agências governamentais buscando justiça para ela

25/05/2019 17:50 Atualizado: 25/05/2019 17:50

Por Minghui.org

O rápido desenvolvimento da tecnologia de monitoramento está capacitando o regime comunista chinês a observar seus cidadãos em nível sem precedentes.

Cai Weihua, uma praticante do Falun Gong da cidade de Harbin, provincia de Heilongjiang, foi detida pela polícia em 6 de fevereiro de 2018, quando estava prestes a entrar em um trem para visitar seus parentes no feriado do Ano Novo Chinês. A polícia descobriu que Cai praticava Falun Gong ao escanear seu documento de identidade quando estava atravessando o entreposto de segurança.

A polícia deteve Cai e seu marido, Li Bowei, que não é praticante do Falun Gong. Em seguida, os oficiais os levaram à sua casa e a saquearam.

Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma disciplina espiritual que vem sendo perseguida pelo Partido Comunista Chinês desde 1999. Desde então, milhões de praticantes tem sido sujeitados a intenso monitoramento e perseguição, bem como a detenções, tortura e aprisionamento.

A partir de 2018, houve um acréscimo no número de praticantes do Falun Gong sendo presos após a polícia escanear seus documentos de identidade.

Alguns praticantes foram presos após haverem sido gravados por câmeras de segurança distribuindo materiais relacionados ao Falun Gong.

Apesar de Li ter sido solto logo após, Cai foi mantida sob custódia. Depois de duas audiências em 12 de setembro e 29 de outubro de 2019, ela foi sentenciada a sete anos na prisão pela Corte Distrital de Daowai em novembro e multada em 30 mil yuanes.

Cai apelou de seu veredito à Corte Intermediária da Cidade de Harbin, a qual manteve sua sentença sem a ocorrência de uma audiência pública. Ela começou a cumprir sua pena na Prisão Feminina de Heilongjiang por volta de março de 2019.

Cai Weihua (Minghui.org)
Cai Weihua (Minghui.org)

Desde a prisão de Cai, seu esposo protocolou diversas queixas junto a diversas agências governamentais buscando justiça para ela.

Ele escreveu nos documentos de apelação que Cai sofrera com severas dores nas costas no passado que com frequência a incapacitavam de dormir à noite. Sua condição desapareceu logo após ela aprender Falun Gong, e sua família presenciou sua recuperação.

Li também testemunhou pelo caráter de Cai nas cartas de apelo.

Ele escreveu: “Minha mãe costumava estar constipada enquanto doente e acamada. Minha esposa a auxiliava com suas necessidades fisiológicas. Eu fiquei muito comovido. Não é algo que a maioria das noras faria.”

“Quando estávamos em uma estação de metrô na cidade de Hangzhou ano passado, encontramos uma carteira próxima à máquina de venda de passagens. Apesar de estarmos apressados para embarcar no trem, como não havia um lugar seguro para entregar a carteira, minha esposa insistiu em esperar até que a dona retornasse e devolveu a carteira a ela. Em uma sociedade tão degenerada onde a maioria das pessoas poderia simplesmente ter levado a carteira, eu realmente admiro a integridade de minha esposa.”

“Houve uma outra vez quando vimos uma mulher idosa que havia desmaiado na rua devido a insolação. Muita gente a rodeava e observava, mas ninguém a socorria, em função de haverem ocorrido muitos casos de bons samaritanos sendo incriminados após suas vítimas acordarem. Minha esposa deu um passo a frente e levou a mulher a um hospital em nosso próprio carro. Isto pode não parecer nada em uma sociedade comum, mas é realmente significativo na China. E por isso eu a respeito e a amo tanto.”