China testa ondas de mísseis no interior após lançamento de mísseis intercontinentais

Os mísseis foram disparados da Mongólia Interior, Gansu, Qinghai e Xinjiang, a cerca de 2.000 quilômetros de Taiwan.

Por Catherine Yang
30/09/2024 20:22 Atualizado: 30/09/2024 20:22
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

O Ministério da Defesa de Taiwan relatou em 29 de setembro que o exército chinês está lançando “múltiplas ondas” de mísseis no interior da China, após o primeiro teste de um míssil balístico intercontinental (ICBM) pela Força de Foguetes da China desde 1980, realizado há poucos dias.

A partir das 6h50, horário local, ondas de mísseis foram disparadas na Mongólia Interior, Gansu, Qinghai e Xinjiang, a cerca de 1.900 km de Taiwan.

O Ministério da Defesa de Taiwan declarou que estava “monitorando continuamente os desenvolvimentos relevantes, e as forças de defesa aérea mantiveram um alto nível de vigilância e reforçaram seu estado de alerta”.

Anteriormente, o ministério criticou o Partido Comunista Chinês (PCC) por lançar o míssil balístico intercontinental (ICBM) no Pacífico com pouco aviso aos seus vizinhos, alertando a comunidade internacional de que a renovada atividade militar do PCC estava criando instabilidade na região.

Na semana passada, o ministério detectou 29 aeronaves se juntando a navios de guerra chineses para jogos de guerra e, em outro incidente, 43 aeronaves militares chinesas operando ao redor de Taiwan, metade delas atravessando o Canal de Bashi, que separa Taiwan das Filipinas. Dias antes, o ministério detectou o exército chinês realizando múltiplas ondas de exercícios de fogo real perto da Coreia e do Japão.

Esses exercícios destacam “a natureza hegemônica de um regime autoritário que carece de estabilidade política, representando um sério desafio aos países vizinhos”, segundo o ministério.

Mais ao sul, nas águas, o exército chinês entrou em confronto com embarcações da Guarda Costeira das Filipinas, atraindo condenações internacionais devido à agressão e provocação militar do PCC.

Essas ações militares têm ocorrido nos últimos anos e se intensificaram este ano.

Em maio, o exército chinês realizou teste de guerra em larga escala, coordenando sua marinha, força aérea e forças de foguetes, todos voltados para Taiwan, dias após a posse presidencial taiwanesa. O regime chinês afirmou que os exercícios eram para “testar a capacidade de tomar o poder conjuntamente, lançar ataques conjuntos e ocupar áreas-chave”. O PCC, que nunca governou Taiwan, reivindica a ilha autônoma como seu território.

As autoridades chinesas afirmam que suas atividades são rotineiras e legítimas.

Em resposta à agressão do PCC, os Estados Unidos e aliados também vêm realizando exercícios conjuntos maiores no Indo-Pacífico, enfatizando a manutenção da paz e a coordenação.

Em 28 de setembro, os Estados Unidos, as Filipinas, a Austrália e o Japão realizaram exercícios no Mar do Sul da China, em território filipino.

O vice-almirante Fred Kacher, comandante da 7ª Frota dos EUA, afirmou que o exercício conjunto demonstra “nosso compromisso duradouro com um Indo-Pacífico livre e aberto, além de desenvolver nossas habilidades operacionais em uma das regiões marítimas mais dinâmicas do mundo”.