As autoridades da China relataram à Organização Mundial da Saúde (OMS) que o surto de infecções respiratórias que o país asiático vem sofrendo nos últimos dias se deve a “patógenos conhecidos”.
Representantes da Comissão de Saúde da China realizaram uma reunião por videoconferência com responsáveis da OMS, na qual os chineses apresentaram dados sobre vigilância e detecção dos agentes patogénicos causadores de doenças respiratórias, bem como os protocolos de diagnóstico e tratamento, informou nesta sexta-feira em coletiva de imprensa a principal autoridade sanitária do país asiático.
A notificação foi realizada depois de a OMS ter solicitado nesta semana à China informações detalhadas sobre o recente aumento de casos de doenças respiratórias e surtos de pneumonia infantil.
O porta-voz da Comissão, Hu Qiangqiang, garantiu que, de acordo com relatórios de sistemas de controle e hospitais, os casos relatados na China “são causados por patógenos conhecidos”.
Também nesta sexta-feira, as autoridades de saúde de Pequim informaram que “uma combinação de agentes patogénicos” está por trás do recente surto de infecções respiratórias, entre as quais se destacaram o adenovírus, o RSV e a gripe sazonal como as mais comuns.
Os especialistas da organização salientaram a importância da vacinação dos cidadãos, especialmente da população idosa e das pessoas com doenças subjacentes.
As autoridades chinesas pediram na quinta-feira o reforço dos cuidados primários e da coordenação entre hospitais para fazer frente ao aumento de casos de infecções respiratórias.
Segundo um responsável da Comissão Nacional de Saúde citado pela agência oficial Xinhua, o organismo emitiu uma série de medidas para “melhorar a capacidade de diagnóstico e tratamento de infecções respiratórias comuns em centros de saúde comunitários e hospitais”, bem como para “facilitar a identificação e encaminhamento de casos graves”.
O organismo fez estas recomendações depois de as autoridades sanitárias chinesas terem relatado um aumento na incidência de doenças respiratórias no país, algo que atribuíram em parte ao levantamento das medidas preventivas contra a covid-19 no início deste ano.
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