A Apple publicou o pior resultado trimestral desde 2003, devido a uma significante queda das vendas na China.
O gigante tecnológico revelou uma queda de 13% em sua receita, em comparação com o segundo trimestre de 2015, com uma diferença de mais de $58 bilhões para $50 bilhões. Enquanto as vendas caíram ao redor do mundo, com exceção do Japão, a maior queda ocorreu na China e em Hong Kong, onde as vendas caíram 26% (de $16.8 bilhões para $12.5 bilhões).
A queda das vendas na China foi maior em dólar do que todas as perdas em vendas combinadas no resto do mundo. As perdas foram mais proeminentes em Hong kong do que na China continental, disse Luca Maestri, diretor financeiro da Apple, ao The New York Times.
Nas américas, a queda foi de 10% e na Europa de 5%.
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“Nosso time trabalhou extremamente bem diante das significativas oscilações econômicas”, disse Tim Cook, director executivo da Apple, em 26 de abril.
Dois terços das vendas da Apple provêm do iPhone. Sendo que a empresa vendeu 16% menos iPhones este ano do que no ano passado. A venda de iPads caiu 19% e de Macs 12%.
A empresa pretendia vender 20% mais servisos, mas estes computaram apenas 12% de sua receita.
Enquanto a economia chinesa retrai, a Apple enfrenta ainda outros desafios ao lidar com o regime comunista que recentemente desativou o iBooks Store and iTunes Movies na China.
Há também a preocupação de que o mercado para o iPhone já esteja ficando saturado.
A Apple registrou um lucro líquido de mais de $10.5 billhões no segundo semester e aumentou os dividendos para seus acionistas em 10%, $0,57 por ação. Suas ações também aumentaram de $140 para $175 bilhões, conforme anunciado em 2015.
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