O regime chinês lançou um novo satélite espião em 29 de março, alegando que ele será usado para fins civis. De acordo com a NASA, o Ziyuan-3 é um satélite com sensores de alta resolução.
Para compreender a natureza deste lançamento, temos de rever lançamentos anteriores do satélite chinês Ziyuan.
Quando o satélite Ziyuan-2 foi lançado em 1º de setembro de 2001, Bill Gertz do Washington Times informou que o regime chinês estava disfarçando-o como um sistema civil de monitoramento terrestre. Na realidade, relatou Gertz, o Ziyuan-2 era um satélite de reconhecimento que seria utilizado para rastrear forças militares dos EUA sob seu alcance.
O satélite de 2001 também foi lançado do Centro Taiyuan de Lançamento de Satélites, na província de Shanxi, e as autoridades chinesas alegaram a mesma coisa que repetiram no lançamento recente. As autoridades chinesas disseram em 2001, de acordo com Gertz, que seu uso incluiria “levantamento territorial, planejamento urbano, avaliação do rendimento de culturas agrícolas, monitoramento de desastres e experimentações com ciência espacial”.
No entanto, um oficial chinês não identificado disse algo diferente. Gertz relatou: “Um oficial familiarizado com relatórios de inteligência do lançamento disse que é ‘um satélite de reconhecimento fotográfico usado exclusivamente para fins militares’”. O oficial acrescentou: “Ao contrário do que foi anunciado oficialmente envolvendo missões civis, esta sonda espacial é na verdade um satélite de imagens de alta resolução que está produzindo imagens de alvos militares nas áreas ao redor da China.”
A NASA informou que o programa Ziyuan-1 está focado em recursos terrestres, e “teria dois ramos distinto, um militar e outro civil”. Seu programa Ziyuan-2 “é provavelmente usado para vigilância aérea operada pelo Exército da Libertação Popular”. O novo programa Ziyuan-3, afirma a NASA, é para mapeamento detalhado e “será operado pela Secretaria Estatal de Topografia e Cartografia”.
A explicação do regime chinês para o novo programa Ziyuan-3 é praticamente idêntica à usada para os satélites Ziyuan-2 que Gertz expôs. The Indian Express informou que o satélite é para “pesquisas de recursos terrestres, prevenção de desastres naturais, desenvolvimento agrícola, gestão de recursos hídricos e planejamento urbano, entre outras tarefas”.