China ignora acusação de segundo balão espião sobrevoando a América Latina

Por Agência de Notícias
04/02/2023 18:02 Atualizado: 04/02/2023 18:02

A China não confirmou nem desmentiu, neste sábado, que pertence a ela o segundo balão espião detectado pelos Estados Unidos, e que desta vez sobrevoa a América Latina.

O Pentágono, depois de declarar na quinta-feira através do seu porta-voz, o general Patrick Ryder, ter descoberto aquilo que chamou de balão espião chinês que sobrevoava o estado de Montana, no noroeste dos EUA, anunciou ontem a detecção de uma nova aeronave nos céus da América Latina.

Esta última acusação não obteve resposta por parte das autoridades chinesas, que hoje apenas divulgaram dois comunicados dedicados a esclarecer a situação criada pelo dispositivo que sobrevoa os Estados Unidos.

Tão pouco os diferentes meios de comunicação oficiais, como a emissora estatal “CCTV”, a agência de notícias “Xinhua”, ou os jornais como o “Diário do Povo”, “Global Times” e “China Daily”, que são frequentemente porta-vozes do regime comunista, fazem qualquer menção ao objeto voador branco que segundo o jornal costarriquenho “La Nación”, sobrevoava o país centro-americano.

Por sua vez, se um usuário realiza uma busca no Weibo – equivalente ao Twitter, censurado na China – usando com caracteres chineses as palavras “balão” ou “aeronave” junto com o termo “América Latina”, aparecem apenas três publicações sobre o anúncio de ontem por parte dos EUA.

A descoberta do primeiro destes “balões espiões” no espaço aéreo americano desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e levou à suspensão da viagem que o secretário de Estado, Antony Blinken, planejava fazer ao país asiático neste fim de semana.

Pequim admitiu ontem que o dispositivo que sobrevoa os EUA lhe pertence, embora afirme que “se trata de um balão civil usado para fins de pesquisa, principalmente meteorológica”.

Na sequência do anúncio, o diretor do Escritório de Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com Blinken, na qual pediu aos EUA para “manterem a calma, comunicarem a tempo, evitarem erros de julgamento e controlarem as diferenças”.

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