Por Agência EFE
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste sábado que a China financiará o crescimento da produção petrolífera de seu país, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo e passa por uma grave crise econômica.
“Há compromissos de financiamento para o crescimento da produção petrolífera, o crescimento da produção de ouro e investimento em mais de 500 projetos de desenvolvimento dentro da Venezuela”, disse Maduro ao canal estatal venezuelano “VTV”.
O líder terminou hoje uma visita de Estado na China, onde se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, e ambos os governos assinaram 28 acordos de cooperação em várias áreas.
“Esta visita, do ponto de vista estrutural, reativa, relança as relações entre China e Venezuela em um momento fundamental”, afirmou Maduro em alusão à crise econômica em seu país e ao programa de recuperação e crescimento econômico que o governo venezuelano lançou para tentar melhorar essa situação.
Maduro afirmou que seu plano financeiro – que inclui a desvalorização da moeda em 95,8%, o aumento de salários, tarifas e impostos e controle de preços – “recebeu todo o apoio do alto escalão chinês, do presidente Xi Jinping e de todas as instituições bancárias” da China.
“Há verdadeiramente uma simpatia, há um ponto de vista muito encorajador sobre o início deste programa para os equilíbrios econômicos da Venezuela”, ressaltou o líder.
O presidente venezuelano acredita que estas recentes reuniões entre autoridades de Caracas e Pequim “alavanca com muita força o crescimento” na Venezuela e “dá uma grande estabilidade a tudo o que tem a ver com o processo de produção petrolífera e de financiamento para o desenvolvimento”.
“Foi um sucesso total esta visita de Estado do mais alto nível”, disse.
Maduro lembrou que a relação comercial com a China “alavancou o financiamento do desenvolvimento” da Venezuela em tempos de abundância e carências e “foi um suporte muito importante para o funcionamento da economia venezuelana”.
Acrescentou que seus ministros formaram equipes “com todas as instituições da China para o estudo de todas as potencialidades, todas as possibilidades que se abrem com a moeda digital da Venezuela”, conhecida como petro e sancionada por vários governos, inclusive o dos Estados Unidos.
Segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a produção da estatal venezuelana PDVSA caiu de novo em agosto em 2,8%, com uma média de 1,23 milhão de barris diários.