China e Rússia iniciam exercícios navais conjuntos, dias depois de os aliados da OTAN chamarem Pequim de facilitador da guerra na Ucrânia

Por The Associated Press
16/07/2024 15:31 Atualizado: 16/07/2024 23:04
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

PEQUIM – As forças navais da China e da Rússia iniciaram no domingo um exercício conjunto em um porto militar no sul da China, informou a agência de notícias estatal Xinhua, dias após os aliados da OTAN chamarem Pequim de “facilitador decisivo” da guerra na Ucrânia.

O ministério da defesa chinês disse em um breve comunicado que forças de ambos os lados recentemente patrulharam o oeste e o norte do Oceano Pacífico e que a operação não tinha relação com situações internacionais e regionais e não tinha como alvo nenhuma terceira parte.

O exercício, que começou na província de Guangdong no domingo e deve durar até meados de julho, visa demonstrar as capacidades das marinhas em lidar com ameaças à segurança e preservar a paz e a estabilidade global e regionalmente, relatou no sábado a emissora estatal CCTV, acrescentando que incluiria exercícios antimísseis, ataques marítimos e defesa aérea.

A agência de notícias Xinhua informou que as forças navais chinesas e russas realizaram simulações militares em mapa e exercícios de coordenação tática após a cerimônia de abertura na cidade de Zhanjiang.

Os exercícios conjuntos ocorreram logo após as últimas tensões da China com os aliados da OTAN na semana passada.

O comunicado final, de tom severo, aprovado pelos 32 membros da OTAN em sua cúpula em Washington, deixou claro que a China está se tornando um foco da aliança militar, chamando Pequim de “facilitador decisivo” da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Os membros europeus e norte-americanos e seus parceiros no Indo-Pacífico veem cada vez mais preocupações de segurança compartilhadas vindas da Rússia e de seus apoiadores asiáticos, especialmente a China.

Em resposta, o regime comunista chinês acusou a OTAN de buscar segurança às custas dos outros.

Na semana passada, um navio da Guarda Costeira dos EUA em patrulha de rotina no Mar de Bering também encontrou vários navios militares chineses em águas internacionais, mas dentro da zona econômica exclusiva dos EUA, disseram autoridades americanas. Sua tripulação detectou três embarcações a aproximadamente 124 milhas (200 quilômetros) ao norte do Passo de Amchitka nas Ilhas Aleutas, que marcam uma separação e ligação entre o Pacífico Norte e o Mar de Bering.

Posteriormente, um quarto navio foi avistado a aproximadamente 135 quilômetros ao norte do Passo de Amukta.

O lado americano disse que os navios navais chineses operaram dentro das regras e normas internacionais.