O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou nesta quinta-feira (30) a assinatura de um memorando de cooperação com o Brasil que ajudará a promover o “comércio e investimento bilateral” em yuans.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, disse em entrevista coletiva que os dois países chegaram a um acordo sobre o estabelecimento de acordos de compensação em yuans com o Brasil no início deste ano.
“O estabelecimento de negócios de compensação de yuans no Brasil é propício para o uso de yuans por empresas e instituições financeiras na China e no Brasil para transações internacionais, promovendo a facilitação do comércio e investimento bilateral”, ressaltou a porta-voz.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) anunciou ontem os primeiros passos para estabelecer o comércio bilateral em moedas locais com a China, excluindo o dólar.
Os dois primeiros acordos para a implementação do mecanismo foram assinados durante o Seminário Econômico Brasil-China, realizado em Pequim com a participação de representantes dos dois países e cerca de 500 empresários.
O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e o brasileiro Banco BBM chegaram a um acordo para reduzir os custos das transações comerciais com câmbio direto entre o real e o yuan.
Além disso, a entidade brasileira entrará no CIPS (China Interbank Payment System), a alternativa do país asiático ao sistema internacional Swift.
Da mesma forma, a filial brasileira do ICBC atuará como banco de compensação do yuan no Brasil em um acordo semelhante aos já estabelecidos no Chile e na Argentina.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial brasileiro e em 2022, segundo a Apex, o volume comercial chegou a US$ 150,5 bilhões, com superávit para o Brasil de US$ 29 bilhões.
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