A China comunista e seus campos de morte

27/12/2013 15:32 Atualizado: 25/12/2017 03:47

Recentemente, uma histeria desproporcional foi gerada por causa de notícias sobre alguns produtos chineses que passaram por um fraco controle de qualidade. Algumas comidas de gato estavam envenenadas. Algumas baterias de celulares tinham explodido. Alguns xaropes contra tosse continham alguma coisa que deixava as pessoas doentes. Isso entre outras coisas. Como resposta a tudo isso, o governo chinês chegou até a executar o chefe responsável pelo departamento de controle de qualidade de alimentos e de segurança de produtos, Zheng Xiaoyu.

Como é esquisito esse último ponto! No Ocidente, há muito tempo já abandonamos a ideia de que as pessoas supostamente devem executar com competência suas tarefas e, principalmente, que elas devem ser pessoalmente responsabilizadas caso falhem nessa função.

O que é mais notável em todas essas críticas é o quão isoladas e limitadas elas parecem ser quando se pensa na história recente da China. E esse é um assunto profundamente doloroso, horrível em seus detalhes, mas altamente elucidativo e útil para nos ajudar a entender a política – e que também põe em perspectiva as notícias sobre esses recentes problemas na China. É um escândalo, de fato, que poucos ocidentais sequer estejam informados — ou, se estão, não estão conscientes – sobre a sanguinolenta realidade que predominou na China entre os anos de 1949 e 1976, os anos da ditadura comunista de Mao Tsé-tung (ou Mao Zedong).

Quantos morreram como resultado das perseguições e das políticas de Mao? Será que você se importaria em adivinhar? Muitas pessoas ao longo dos anos tentaram. Mas elas sempre acabavam subestimando os números. Porém, à medida que mais dados foram aparecendo durante as décadas de 80 e 90, e os especialistas foram se dedicando mais intensamente às investigações e estimativas, os números foram se tornando cada vez mais confiáveis. Mas, ainda assim, eles permanecem imprecisos. Qual a margem de erro com a qual estamos lidando? Ela pode ser, por baixo, de 40 milhões; mas também pode ser de 100 milhões ou mais. Para o Grande Salto para Frente, de 1959 a 1961, o número de mortos varia entre 20 milhões e 75 milhões. No período anterior foi de 20 milhões. No período posterior, dezenas de milhões a mais.

Estudiosos da área de homicídio em massa dizem que a maioria de nós não é capaz de imaginar 100 mortos ou 1000. E acima disso, tudo vira apenas estatística: os números passam a não ter qualquer sentido conceitual para nós, e a coisa se torna um simples jogo numérico que nos desvia do horror em si. Há um limite de informações horríveis que nosso cérebro pode absorver, um limite de quanto sangue podemos imaginar. No entanto, há um motivo maior pelo qual o experimento comunista chinês permanece um fato oculto: ele apresenta um argumento forte e decisivo contra o poder do Estado, de maneira ainda mais conspícua que os casos da Rússia e da Alemanha do século XX.

Esse horror já podia ser pressagiado quando uma guerra civil se seguiu à Segunda Guerra Mundial. Depois de nove milhões de mortos, os comunistas emergiram vitoriosos em 1949, tendo Mao como o soberano. Assim, a terra de Lao-Tzu (rima, ritmo, paz), do Taoísmo (compaixão, moderação, humildade) e do Confucionismo (piedade, harmonia social, progresso individual) foi confiscada pela importação da mais esquisita matéria-prima jamais conhecida pelos chineses: o marxismo alemão importado via Rússia. Era uma ideologia que negava toda a lógica, toda a experiência, todas as leis econômicas, todos os direitos de propriedade, e todos os limites sobre o poder do Estado, alegando que todas essas noções eram meros preconceitos burgueses, e que tudo o que era necessário para transformar a sociedade era um núcleo composto por poucas pessoas com todo o poder para modificar todas as coisas.

É realmente bizarro pensar nisso: a China, dentre todos os lugares, com pôsteres de Marx e Lênin, e sendo governada por uma ideologia ditatorial, extorsiva e homicida, que só chegou ao fim em 1976. A transformação ocorrida nos últimos 25 anos foi tão espetacular que alguém dificilmente saberia que tudo isso já aconteceu, exceto pelo fato de o Partido Comunista ainda estar no poder, embora isso tenha sido possível apenas devido a concessões feitas ao capitalismo. É curioso que o último resquício de legitimidade do Partido Comunista seja o desenvolvimento econômico da China conseguido pela penetração do capitalismo em sua economia.

O experimento começou da maneira mais sanguinolenta possível, após a Segunda Guerra, quando todos os olhos do Ocidente estavam voltados para assuntos internos; e, quando havia alguma preocupação externa, ela estava na Rússia. Os “mocinhos” haviam vencido a guerra na China — ou assim fomos levados a crer, na época em que o comunismo era a moda mundial.

A comunização da China se deu seguindo os três estágios usuais: expurgos, planejamentos e, por fim, a procura por bodes expiatórios. Primeiro ocorreram os expurgos – também conhecidos como “purificação” –, para que o comunismo pudesse ser implantado. Havia guerrilhas a serem combatidas e terras a serem estatizadas. As igrejas tinham que ser destruídas. Os contrarrevolucionários tinham que ser suprimidos. A violência começou no campo e depois se espalhou para as cidades. Todos os camponeses foram primeiramente divididos em quatro classes que eram consideradas politicamente aceitáveis: pobres, semipobres, médios e ricos. Todos os outros eram considerados latifundiários e, assim, marcados para ser eliminados. Se nenhum latifundiário fosse encontrado, os “ricos” eram então incluídos nesse grupo. A classe demonizada era desentocada em uma série de “encontros da amargura” — que ocorriam em nível nacional — nos quais as pessoas delatavam seus vizinhos que possuíssem propriedades e que fossem politicamente desleais. Aqueles assim considerados eram imediatamente executados junto com quem quer que tivesse simpatias por eles.

A regra era que deveria haver ao menos uma pessoa morta por vilarejo. O número de mortos está estimado entre 1 e 5 milhões. Além disso, entre 4 e 6 milhões de proprietários de terra foram trucidados pelo simples crime de ser donos de capital. Se alguém fosse suspeito de estar escondendo alguma riqueza, ele ou ela seria torturado com ferro quente até confessar. As famílias dos mortos também eram torturadas e os túmulos de seus predecessores eram saqueados e pilhados. O que acontecia com a terra? Esta era dividida em minúsculos lotes e distribuída entre os camponeses remanescentes.

A campanha então se dirigiu para as cidades. As motivações políticas eram o principal incentivo, mas havia também o desejo de se fazer controles comportamentais. Qualquer um suspeito de envolvimento com prostituição, jogatina, sonegação, mentiras, tráfico de ópio ou suspeita de revelar segredos de Estado, era executado sob a acusação de “bandido”. Estimativas oficiais colocam o número destes mortos em dois milhões, sendo que outros dois milhões foram morrer nas prisões. Comitês residenciais formados por pessoas leais ao Estado vigiavam cada movimento. Qualquer visita noturna era imediatamente reportada, e todos os envolvidos eram presos ou assassinados. As celas das prisões iam ficando cada vez mais apertadas, chegando a um ponto em que uma pessoa vivia num espaço de aproximadamente 35 centímetros quadrados. Alguns prisioneiros faziam trabalho forçado até morrer, e qualquer um que se envolvesse em alguma revolta era agrupado com seus colaboradores e todos eram queimados.

Havia indústrias nas cidades, mas aqueles que eram seus proprietários e gerentes eram submetidos a restrições cada vez mais limitadoras: transparência forçada, escrutínio constante, impostos escorchantes, além de sofrerem todos os tipos de pressão para oferecer seus negócios à coletivização. Houve muitos suicídios entre os pequenos e médios empresários que perceberam para onde tudo estava indo. Juntar-se ao partido adiava apenas temporariamente a morte, já que em 1955 começou a campanha contra os contrarrevolucionários escondidos no próprio partido. Havia um princípio de que um em cada dez membros do partido era um traidor secreto.

Quando os rios de sangue haviam atingido seu ápice, Mao criou a Campanha das Cem Flores, durante dois meses de 1957, sendo o legado desta a frase que frequentemente se ouve: “Deixemos que cem flores desabrochem!” As pessoas foram encorajadas a falar abertamente e mostrar seu ponto de vista, uma oportunidade muito tentadora para os intelectuais. Mas essa liberalização durou pouco. Na verdade, foi tudo uma tramoia. Todos aqueles que falaram contra o que estava acontecendo na China foram capturados e aprisionados, talvez entre 400 e 700 mil pessoas, incluindo 10% das classes mais educadas. Outros foram rotulados de direitistas e sujeitados a interrogatório e reeducação; outros foram expulsos de suas casas e isolados.

Mas isso não foi nada comparado à fase dois, que se tornou uma das maiores catástrofes da história do planejamento central. Após a coletivização das terras, Mao decidiu ir mais a fundo e passou a ditar aos camponeses o que eles deveriam plantar, como eles deveriam plantar, para onde eles deveriam mandar a colheita, e até mesmo se – ao invés de ter de plantar qualquer coisa – eles deveriam ser arrastados para as indústrias. Essa etapa se tornaria o Grande Salto para Frente, que acabou por gerar a escassez mais mortal da história. Os camponeses foram ajuntados em grupos de milhares e forçados a dividir todas as coisas. Todos os grupos deveriam ser autossuficientes. As metas de produção foram aumentadas para níveis nunca antes imaginados.

Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas de onde a produção era alta para onde ela era baixa, como um meio de impulsionar a produção. Elas também foram deslocadas da agricultura para a indústria. Houve uma campanha maciça para se coletar ferramentas e transformá-las em habilidade industrial. Como maneira de demonstrar esperança pelo futuro, os coletivizados eram encorajados a fazer enormes banquetes e a comer de tudo, principalmente carne. Esse era um modo de mostrar a crença de que a colheita do ano seguinte seria ainda mais farta.

Mao tinha essa ideia de que ele sabia como cultivar grãos. Ele proclamou que “as sementes são mais felizes quando cultivadas juntas” – e então as sementes foram semeadas em densidades de cinco a dez vezes maiores do que a normal. As plantas morreram, o solo secou, e o sal subiu à superfície. Para impedir que os pássaros comessem os grãos, os pardais foram exterminados, o que aumentou imensamente o número de parasitas. Erosões e enchentes se tornaram endêmicas. Plantações de chá foram transformadas em plantações de arroz, sob o argumento de que o chá estava em decadência e era coisa de capitalista. Equipamentos hidráulicos construídos para servir às novas fazendas coletivas não funcionavam e não tinham peças para reposição. Isso levou Mao a colocar nova ênfase na indústria, que surgiu forçadamente nas mesmas áreas da agricultura, levando a um caos ainda maior. Os trabalhadores eram arrastados de um setor para outro, e cortes obrigatórios em alguns setores eram compensados com um aumento obrigatório das quotas em outros setores.

Em 1957, o desastre estava por todos os lados. Os trabalhadores estavam tão enfraquecidos que eram incapazes até mesmo de colher suas escassas safras; e assim eles morriam, vendo o arroz apodrecer. As indústrias se avolumavam, mas não produziam nada de útil. A resposta do governo foi dizer às pessoas que gorduras e proteínas eram desnecessárias. Mas a fome não podia ser negada. O preço do arroz subiu de 20 a 30 vezes no mercado negro. Como as trocas foram proibidas entre os grupos coletivistas (devido à política de autossuficiência), milhões ficaram à míngua. Já em 1960, a taxa de mortalidade pulou de 15% para 68%, e a taxa de natalidade despencou. Quem quer que fosse pego estocando grãos era fuzilado. Camponeses flagrados com a menor quantia imaginável eram aprisionados. Fogueiras foram banidas. Funerais foram proibidos, pois eram considerados esbanjadores.

Aldeões que tentavam fugir dos campos para as cidades eram fuzilados nos portões. Os mortos de fome atingiam 50% em alguns vilarejos. Os sobreviventes ferviam grama e cascas de árvore para fazer sopa, enquanto outros vagueavam pelas estradas à procura de comida. Algumas vezes eles se bandeavam e atacavam casas, procurando por restos do milho que era servido ao gado. As mulheres eram incapazes de engravidar devido à desnutrição. Pessoas nos campos de trabalho forçado foram usadas em experimentos com comidas, provocando doenças e mortes.

Mas isso ainda era pouco. Em 1968, um membro da Guarda Vermelha, de 18 anos, chamado Wei Jingsheng, encontrou refúgio em uma família de um vilarejo em Anhui, e ali ele viveu para escrever o que viu:

“Caminhávamos juntos ao longo do vilarejo… Diante de meus olhos, entre as ervas daninhas, surgiu uma das cenas que já me haviam contado: um dos banquetes no qual as famílias trocam suas crianças para poder comê-las. Eu podia vislumbrar claramente a angústia nos rostos das famílias enquanto elas mastigavam a carne dos filhos dos amigos. As crianças que estavam caçando borboletas em um campo próximo pareciam ser a reencarnação das crianças devoradas por seus pais. O que fez com que aquelas pessoas tivessem de engolir aquela carne humana, entre lágrimas e aflições – carne essa que elas jamais se imaginaram provando, mesmo em seus piores pesadelos?”

O autor dessa passagem foi preso como traidor, mas seu status o protegeu da morte, e ele foi finalmente solto em 1997.

Quantas pessoas morreram durante a fome de 1959-1961? A menor estimativa é de 20 milhões. A maior, de 43 milhões. Finalmente, em 1961 o governo cedeu e permitiu alguma importação de comida, mas foi pouco e já era tarde. Foi permitido a alguns camponeses voltar a plantar em sua própria terra. Surgiram algumas oficinas particulares. Alguns mercados foram permitidos. Finalmente, a fome começou a diminuir e a produção começou a crescer.

Mas então veio a terceira etapa: achar os bodes expiatórios. O que havia causado toda a calamidade? A resposta oficial era qualquer coisa, menos o comunismo; qualquer coisa, menos Mao. E então a captura de pessoas por motivos puramente políticos começou novamente — e aqui chegamos ao núcleo da Revolução Cultural. Milhares de campos e centros de detenção foram abertos. As pessoas que eram mandadas para lá, morriam lá. Nas prisões, utilizava-se qualquer desculpa esfarrapada para se eliminar alguém – tudo para haver sobras alimentícias, uma vez que os prisioneiros eram um fardo para o sistema, de acordo com o pensamento de quem estava no comando. Esse sistema penal, o maior já construído, era organizado em um estilo militar, com alguns campos mantendo por volta de 50 mil pessoas.

Não havia critério para se aprisionar alguém: os indivíduos eram abordados aleatoriamente e recebiam ordens de prisão de maneira indiscriminada. Isso acontecia com frequentemente e por toda a parte. Todos tinham que carregar consigo uma cópia do Pequeno Livro Vermelho, de Mao. Questionar a razão da prisão era em si uma evidência de deslealdade, já que o Estado era infalível. Uma vez preso, o caminho mais seguro era a confissão instantânea. Os guardas eram proibidos de usar de violência letal, de modo que os interrogatórios duravam horas intermináveis, muitas vezes apelando a torturas, o que acabava matando os prisioneiros no processo em grande parte dos casos, mas de maneira muito mais cruel. Aqueles que tivessem seus nomes citados numa confissão eram então caçados e recolhidos. Após ter passado por esse processo, você era mandado para um campo de trabalhos forçados, onde seria avaliado de acordo com o número de horas que seria capaz de trabalhar com pouca comida. Você não poderia comer carne nem qualquer tipo de açúcar ou azeite. Os prisioneiros passariam então a ser controlados pelo racionamento da pouca comida que tinham.

A fase final dessa incrível litania de horror durou de 1966 a 1976, período no qual o número de mortos varia entre 1 e 3 milhões. O governo, agora cansado e sentindo os sinais da desmoralização, começou a perder o controle, primeiro nos campos de trabalhos forçados e em seguida na zona rural. Foi esse enfraquecimento que provocou a necessidade de uma nova campanha revolucionária na China.

Os primeiros estágios da rebelião ocorreram da única maneira permissível: as pessoas começaram a criticar o governo por ser muito frouxo e muito descompromissado com o ideal comunista. Ironicamente, isso começou a surgir exatamente no momento em que a moderação se tornou manifesta na Rússia. Os neorevolucionários da Guarda Vermelha começaram a criticar os comunistas chineses como sendo “reformistas à moda de Khrushchev”. Como um escritor apontou: a guarda “se levantou contra seu próprio governo com o intuito de defendê-lo”.

Durante esse período, o culto à personalidade de Mao chegou ao seu ápice, com o Pequeno Livro Vermelho atingindo um prestígio mítico. Os Guardas Vermelhos perambulavam pelo país tentando expurgar as Quatro Coisas Antiquadas: ideias, cultura, costumes e hábitos. Os templos remanescentes foram destruídos. Óperas tradicionais foram banidas, sendo a Ópera de Pequim e todos os seus vestuários e cenários queimados. Monges foram obrigados a voltar a vida ordinária. O calendário foi modificado. Todo o cristianismo foi banido. Animais de estimação como pássaros, gatos e cachorros foram proibidos. Humilhação era a palavra de ordem.

Assim foi o Terror Vermelho: na capital, ocorreram 1.700 mortes e 84 mil pessoas fugiram. Em outras cidades, como Shanghai, os números eram ainda piores. Começou uma limpeza maciça no partido, com centenas de milhares presos e muitos assassinados. Artistas, escritores, professores, técnicos: todos eram alvos. Massacres organizados ocorriam em comunidades de fanáticos maoístas e Mao aprovava cada passo como meio de eliminar rivais políticos e fortalecer seu poder. Mas, interiormente, o governo estava se fragmentando e rachando, mesmo que externamente ele tivesse se tornado ainda mais brutal e totalitário.

Finalmente, em 1976, Mao morreu. Em poucos meses, seus conselheiros mais próximos foram todos encarcerados. A reforma começou lenta a princípio, mas depois atingiu uma velocidade assustadora. As liberdades civis foram parcialmente restauradas e reabilitações que não afetassem o partido começaram. Torturadores foram processados e responsabilizados sem conspurcar o nome do partido. Controles econômicos foram gradualmente relaxados. A economia, por virtude da iniciativa humana e da iniciativa econômica privada, se transformou.

Tendo lido tudo isso, você agora faz parte da minúscula elite de pessoas que sabem alguma coisa sobre o maior campo de morte da história do mundo, que foi no que a China se transformou entre 1949 e 1976 — um experimento de controle total, algo que jamais se viu na história. Muitas pessoas hoje sabem mais sobre as baterias de celulares chinesas que explodem do que sobre as centenas de milhões de mortos e a inenarrável quantidade de sofrimento ocorrida sob o comunismo.

Quando você ouvir sobre produtos de baixa qualidade vindos da China, ou sobre trigo insuficientemente processado, imagine milhões sofrendo de fome dantesca, com pais trocando seus filhos para comê-los e, assim, permanecerem vivos. Não me diga que aprendemos alguma coisa com a história. Sequer conhecemos a história o suficiente para aprender algo com ela.

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Nota sobre as fontes, todas as quais você deve comprar e ler em detalhes: “China: A Long March into Night”, por Jean-Louis Margolin em O Livro Negro do Comunismo, por Stéphane Courtois et al. (Harvard, 1999), pp. 463-546; Death by Government, por R.J. Rummel (Transaction, 1996); e Hungry Ghosts: Mao’s Secret Famine, por Jaspar Becker (Owl Books, 1998).

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Leia a publicação exclusiva do Epoch Times sobre a história da China Comunista: Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês

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Lew Rockwell é o presidente do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State

Tradução de Leandro Roque

Esta matéria foi originalmente publicada pelo Instituto Ludwig von Mises Brasil